Sociedade
PMs que quebraram braço de dirigente petista são afastados
O caso aconteceu quando a vítima, que vestia uma camiseta com ‘Lula Livre’, e sua companheira acompanhavam um bloco de Carnaval


Quatro policiais militares foram afastados após quebrarem o braço do presidente do diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) em Atibaia, Geovani Doratiotto. O caso aconteceu no último domingo 3, quando a vítima e sua companheira, Pham Dal Bello, acompanhavam um bloco de Carnaval.
Em relato publicado em suas redes sociais, Giovanni afirma ter sido provocado por um PM em função de sua camiseta, que trazia a frase “Lula Livre”. O petista foi levado para a delegacia, e no local teve seu braço quebrado por um policial depois que ele já havia sido imobilizado.
Phan contou o episódio em sua página do Facebook, denunciando que o grupo em que estava foi provocado por defensores de Bolsonaro. Geovani, segundo ela, foi agredido pela primeira vez ainda na rua. Já na delegacia, “foi algemado com duas algemas que eles apertaram o quanto puderam para machucar”.
No Twitter, a deputada e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, postou o vídeo mostrando a agressão ao dirigente. As imagens são fortes.
➤ Leia também: PM quebra o braço de dirigente petista no Carnaval de Atibaia
Presidente do diretório municipal do PT Atibaia, Giovani Doratioto, tem braço quebrado pela PM após ser agredido por bolsominions. Giovani estava c/ camiseta Lula livre! Até onde essa violência persistirá?! O gov de SP deve explicações e medidas duras de responsabilização pic.twitter.com/sFHdrmpMMX
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 4 de março de 2019
➤ Leia também: "Bolsonaro é o próprio túmulo do Carnaval", diz historiador
Os envolvidos no caso ficarão afastados até a conclusão do inquérito policial.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.