A Polícia Militar abriu um inquérito interno na corporação para investigar um subtenente que teria assediado moradores do Jardim Botânico, no Rio de Janeiro, com oferta de segurança privada.
A denúncia sobre o caso foi apresentada pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), que relatou que os moradores ficaram assustados com a proposta feita pelo agente.
O caso ficará a cargo da 8ª Delegacia Judiciária Militar, em São Cristóvão, responsável por investigar agentes envolvidos com a milícia na capital fluminense.
O subtenente acusado de cobrar por serviços de segurança é atualmente o diretor de Difusão da Subsecretaria de Inteligência da Polícia Civil.
Em mensagem enviada aos moradores da região, ele havia se identificado como responsável pela empresa de segurança privada Remanos Monitoramento e Vigia.
No texto, ele afirmava que a empresa atuava na segurança de ruas e restaurantes na Zona Sul.
A Associação de Moradores do Jardim Botânico recebeu os relatos de pessoas que teriam recebido mensagens ofertando o serviço e se sentiram ameaçadas pelo agente.
Caso fosse aceita a proposta, a empresa disponibilizaria oito funcionários, que atuariam 24 horas por dia no monitoramento de ameaças.
A Polícia Militar afirmou que a Corregedoria Geral da corporação já identificou o policial e instaurou procedimento apuratório para o caso.
“O comando da corporação não compactua e nem tolera quaisquer desvios de conduta, cometimento de crimes ou de abuso de autoridade praticados por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”, afirmou a corporação, em nota.
O Estatuto dos Policiais Militares proíbe agentes da ativa de trabalharem em organizações e empresas privadas.
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