Sociedade

PM usou ao menos sete bombas e oito balas de borracha em Paraisópolis

Informações são do inquérito que investiga ação da corporação em baile de Paraisópolis, que deixou nove mortos em dezembro

PM dispara em pessoas na favela de Paraisópolis (Foto: Reprodução)
Apoie Siga-nos no

O inquérito que investiga as nove mortes ocorridas no Baile da DZT, em Paraisópolis, no início de dezembro, aponta que policiais militares arremessaram ao menos sete bombas de gás lacrimogênio e oito disparos de balas de borracha contra o público. As informações foram divulgadas nesta quinta 16 pela Rede Globo.

Os números tomam como base relatos presentes no documento que tem 1039 páginas. Os 31 agentes envolvidos na ação prestaram depoimento à Corregedoria da Polícia Militar de SP e foram retirados das ruas, sendo colocados em ações administrativas. Os depoimentos ainda atestam que menos três equipes confirmaram o uso de cassetetes contra os frequentadores do baile.

Com base nos aparelhos aparelhos de GPS instalados nos veículos, o inquérito também refez o trajeto de motos e viaturas na data. Vídeos que circularam pelas redes sociais mostraram uma multidão cercada por PMs na esquina da Rua Rodolfo Lotze com a rua Herbert Spencer, onde tinham apoio de quatro viaturas.

Segundo o documento, tudo começou com a perseguição a dois homens que estavam em uma moto pela rua Rodolf Lotze. Os policiais, no entanto, os perderam de vista na esquina com a rua Ernest Renan, local onde ocorria o baile. Então, recuaram, pediram reforço pelo rádio e entraram na rua Iratinga.

De lá, foram até a avenida Dr. Flávio Américo Maurano, viraram à esquerda e encontraram viaturas. Em seguida, viraram novamente à esquerda e entraram na rua Ernest Renan, até a esquina com a Rodolf Lotze, onde se depararam com mais duas viaturas da Força Tática que chegaram como reforço.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) afirmou que “ambos os inquéritos acerca dos fatos ocorridos em 1º de dezembro, em Paraisópolis, seguem em andamento”. Ainda acrescentou que “qualquer conclusão antes do término das investigações é prematura”.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo