PM afasta dois agentes envolvidos na morte de policial federal no Rio

Os militares foram direcionados a um 'treinamento de agentes participantes de ações resultantes em óbito ou lesão corporal grave'

Francisco Elionezio, de 38 anos, era policial federal lotado no Grupo de Pronta Intervenção (GPI) da corporação, no Rio. Foto: Reprodução

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A Polícia Militar do Rio de Janeiro afastou temporariamente dois agentes envolvidos na morte do policial federal Francisco Elionezio Braga, no último domingo 17.

“Os dois policiais já prestaram depoimento na 2º Delegacia de Polícia Judiciária Militar e tiveram as armas apreendidas”, disse a PMERJ, em nota.

Eles foram direcionados ao Programa Integrado de Capacitação Profissional, criado pela própria corporação para o treinamento de policiais militares envolvidos em ações que resultem em óbito ou lesão corporal grave.

O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que solicitou a perícia e as imagens das câmeras corporais dos policiais para análise. A Corregedoria da PM também foi acionada.

Os nomes dos dois agentes afastados não foram revelados. 

Entenda o caso 

O policial federal Francisco Elionezio Braga Oliveira foi morto na noite de domingo 17, após uma confusão em um quiosque na Barra da Tijuca (RJ). 


Segundo as informações registradas no boletim de ocorrência, por volta das 19h30, uma equipe da PM parou na orla e pediu para usar o banheiro do estabelecimento. Neste momento, o segurança teria dito que havia um homem armado e alterado no local — o PF, Francisco Elionezio. 

De acordo com testemunhas, clientes do estabelecimento tentaram conter o policial federal, que teria dado dois tapas e apontado a arma para o PM antes de ser baleado.

Em nota, a Polícia Militar disse que os policiais foram ameaçados e acabaram revidando. Atingido por dois tiros de fuzil, um no peito e um no pescoço, Francisco Elionezio não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

A mulher que acompanhava o agente federal e que foi baleada na perna negou que o Elionezio tenha ameaçado os PMs.

O caso foi registrado na Delegacia de Homicídios da Capital como auto de resistência.

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