Sociedade

PF entra na Terra Yanomami para investigar a morte de 3 indígenas por garimpeiros

Enquanto isso, defensores da garimpagem pedem ajuda ao governo federal para que dezenas de milhares de garimpeiros deixem a Terra Indígena

Vista aérea de uma parte da Terra Indígena Yanomami. Foto: Michael Dantas/AFP
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Agentes da Polícia Federal foram à Terra Indígena Yanomami, nesta segunda-feira 6, em diligências para apurar a morte de três indígenas por garimpeiros ilegais.

“No momento, não será concedida entrevista e não há mais informações disponíveis”, declarou, em nota, a PF em Roraima.

A informação sobre as mortes foi divulgada por Júnior Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’Kuana, uma das principais lideranças da região de Surucucu, no extremo oeste do estado e próxima à fronteira com a Venezuela.

Segundo o relato, os três foram atingidos por disparos de arma de fogo. Um deles foi morto na região do Homoxi e os outros dois na região de Parima. As duas áreas têm forte presença de garimpeiros.

Afetados pelo garimpo ilegal em suas terras há anos, os indígenas yanomamis têm sofrido com casos de desnutrição, doenças como malária e pneumonia, e violência, incluindo episódios de agressões e assassinatos. A situação se agravou nos últimos quatro anos.

No último domingo 5, foi registrada a morte de mais uma criança indígena, vítima de desnutrição grave e desidratação.

Nesta segunda, defensores da garimpagem pediram ajuda ao governo federal para que dezenas de milhares de garimpeiros deixem a Terra Yanomami. “A lei tem que ser cumprida. Não vamos discutir isso, mas precisamos que o governo federal ajude os trabalhadores em algumas questões”, declarou à Agência Brasil o coordenador de articulação política do Movimento Garimpo é Legal, Jailson Mesquita.

Ele alega que garimpeiros que estão em áreas remotas já não conseguem encontrar transporte para retornar aos centros urbanos. Eles pedem que a gestão Lula libere o acesso de aviões e de lanchas particulares ao interior da Terra Indígena ou ofereça transporte aéreo ou fluvial para quem quiser deixar a área imediatamente.

(Com informações da Agência Brasil)

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