Sociedade
Ossada humana achada em Petrópolis pode ser de vítima de chuva de 2022
Enxurrada no Morro da Oficina naquele ano deixou 233 mortos


A Polícia Civil interditou, na tarde dessa quinta-feira, (7), o local onde a prefeitura de Petrópolis, na região serrana do Rio, realizava obras de contenção e drenagem na área 3 do Morro da Oficina. No local, foi encontrada uma ossada humana.
As equipes das secretarias de Obras e Defesa Civil da prefeitura, seguindo os protocolos de segurança, acionaram imediatamente a Polícia Civil para a realização de perícia. A polícia acredita que a ossada encontrada seja de uma das vítimas da tragédia de 2022 no Morro da Oficina, onde mais de 230 pessoas morreram pelo deslizamento de terra no alto do morro.
Em 15 de fevereiro de 2022, ocorreu a maior tragédia climática de Petrópolis. A enxurrada no Morro da Oficina deixou 233 mortos e dois desaparecidos. Logo em seguida, no dia 20 de março do mesmo ano, um deslizamento de terra deixou mais sete mortos, evidenciando a fragilidade da parte alta da cidade e a faltas de infraestrutura para enfrentar os efeitos climáticos, como as inundações e os deslizamentos de terra e pedras.
De acordo com informações preliminares da Polícia Civil, existe a possibilidade de que os restos mortais encontrados sejam de vítima da tragédia de fevereiro de 2022. Em respeito à família que ainda aguarda notícias da pessoa desaparecida, a prefeitura disponibilizou a Secretaria de Assistência Social para prestar todo o suporte necessário.
A ossada foi encaminhada ao Instituto Médico-Legal para análise e identificação genética. Até a conclusão das investigações, o local permanecerá isolado e as obras serão temporariamente suspensas para garantir a preservação das evidências.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.