Política

Operação mira empresa suspeita de fraudar licitações com o governo federal

Agentes da PF, membros da CGU e Receita Federal cumprem 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal

Operação mira empresa suspeita de fraudar licitações com o governo federal
Operação mira empresa suspeita de fraudar licitações com o governo federal
Operação Dissimulo investiga um grupo criminoso suspeito de fraudar licitações na área de terceirização de serviços. Foto: CGU/Divulgação
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A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram, na manhã desta terça-feira 11, uma operação contra um grupo suspeito de fraudar licitações na área de terceirização de serviços em órgãos do governo federal.

Os agentes cumprem 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal. Segundo a PF, as investigações tiveram início em 2024 e mostram que “empresas com vínculos societário, familiares e trabalhistas teriam se associado para a prática de fraudes em licitações”.

O principal alvo da ação desta terça é a R7 Facilities, que tem contratos com o governo federal. Um destes contratos, segundo a Controladoria-Geral da União, é para a manutenção da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Há cerca de um ano, dois presos protagonizaram uma inédita fuga do sistema prisional federal. Eles foram perseguidos por 50 dias até serem recapturados.

Falhas no contrato com a penitenciária teriam, segundo a CGU, sido o estopim das investigações.

O presídio de segurança máxima em Mossoró foi o primeiro a sofrer uma fuga no sistema penitenciário federal. Foto: Depen

Outro contrato mantido pelo grupo alvo da operação envolvia a própria Polícia Federal. A corporação, inclusive, foi alvo das investigações.

“Os investigados teriam utilizado falsa declaração de dados perante a administração pública para obter benefícios fiscais, garantindo assim vantagem indevida frente a outros concorrentes”, detalha a PF em nota.

Ainda segundo os investigadores, uma das formas de ocultar os verdadeiros beneficiários dos contratos era fazer uso de ‘laranjas’.

Crimes

A ação desta terça recebeu o nome de ‘Dissimulo’ e também contou com a participação da Receita Federal. Como ela envolve diretamente o trabalho de órgãos públicos, PF e CGU afirmam que “estão adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos à continuidade dos serviços prestados”.

Os investigados podem responder por falsidade ideológica, estelionato contra a Administração pública, uso de documentos falsos e pelo crime de frustração do caráter competitivo de licitação.

Outro lado

Procurada, a R7 Facilities não comentou a operação desta terça-feira.

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