Subiu para 22 o número de mortos na Operação Escudo, deflagrada em julho pela Polícia Militar no litoral paulista em resposta ao assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos dos Reis. O balanço divulgado nesta sexta-feira 25 pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, porém, não detalha as circunstâncias das duas novas mortes.
De acordo com a atualização, 621 pessoas foram presas durante a operação, das quais 236 estavam oficialmente foragidas da Justiça. Segundo o governo de Tarcísio de Freitas, as pessoas que morreram eram “suspeitas” e entraram em “confronto com a polícia ao reagirem às abordagens”.
Um adolescente de 17 anos, que não teve a identidade revelada, está entre os mortos. De acordo com a SSP, o rapaz estaria roubando um carro quando foi flagrado pelos policiais que faziam uma patrulha em São Vicente, próximo à divisa com Santos, na noite da quarta-feira 23.
A operação no Guarujá, na Baixada Santista, é alvo de denúncias de parentes de pesosas mortas, que relatam excessos, agressões e prática de tortura por agentes. A conduta dos policiais na ação, considerada a mais letal desde o Massacre do Carandiru, em 1996, é investigada pelo Ministério Público.
A Defensoria Pública do estado já pediu o “fim imediato” da intervenção policial na região e defendeu que todos os agentes envolvidos nas mortes de civis fossem afastados temporariamente.
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