Sociedade
Operação contra abuso sexual infantil prendeu mais de 300 pessoas em maio
Batizada de ‘Caminhos Seguros’, megaoperação conta com a atuação de mais de 12 mil agentes em todo o País


Um conjunto de operações contra a exploração sexual de crianças e adolescentes vem sendo promovido no País neste mês de maio. Intitulada Caminhos Seguros, a operação já resultou na prisão de 314 pessoas. Outras 163 crianças e adolescentes foram resgatadas, até agora.
Na última quinta-feira 16, por exemplo, a Polícia Civil do Paraná prendeu 14 pessoas, após realizar uma fase da operação em 21 municípios do estado.
Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a operação envolve mais de 12 mil agentes de segurança. Até agora, o grupo já atuou em cerca de 450 municípios do país.
Em balanço divulgado nesta sexta-feira 17, o Ministério da Justiça informou que o grupo fiscalizou 5,3 mil locais suspeitos de ligação com a exploração sexual de jovens.
Operações foram realizadas nas casas de pessoas suspeitas, por exemplo, de utilizarem a internet para assediar crianças e adolescentes. Além disso, agentes têm ampliado a fiscalização em casas noturnas suspeitas de facilitarem a prática.
A pasta informou que, ao todo, 6,2 mil vítimas foram atendidas.
Até agora, a operação também apreendeu 103 armas de fogo, 7,2 toneladas de drogas e 15,9 mil materiais com alusão à pornografia infantojuvenil.
“A partir da Caminho Seguros, as forças de segurança podem reprimir e prevenir a atuação de indivíduos e organizações criminosas. Combater o abuso sexual é uma forma de garantir um ambiente seguro e protegido para eles crescerem e desenvolverem”, declarou o responsável pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da pasta, Rodney da Silva.
Também no âmbito da operação, quatro mandados de prisão foram cumpridos nesta sexta em Taiobeiras e Curral de Dentro, em Minas Gerais. Suspeitos entre 18 e 20 anos foram denunciados ao Conselho Tutelar local.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Festival de Cannes começa em momento de denúncias contra abusos no cinema francês
Por AFP
Declaração de pastor sobre abuso infantil é amostra da cultura do silêncio que assombra as igrejas
Por Liniker Xavier
Internautas pedem cassação de Nikolas Ferreira após declarações em live com pastor que beijou a filha
Por Caio César
Em culto, pastor diz que beijou filha na boca: ‘Que mulherão. Ai se eu te pego’
Por Camila da Silva