Sociedade

Olavo de Carvalho afirma que teve conta no PayPal derrubada

Plataforma ainda não se manifestou sobre o caso, que estaria associado a pressão de grupos digitais por boicote à desinformação

Olavo de Carvalho afirma que teve conta no PayPal derrubada
Olavo de Carvalho afirma que teve conta no PayPal derrubada
Olavo de Carvalho. Foto: Reprodução
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O ideólogo de extrema-direita Olavo de Carvalho afirmou que teve sua conta na plataforma de pagamentos PayPal bloqueada na quarta-feira 05. A informação foi publicada por Carvalho em suas redes sociais. O astrólogo atribui a ação a “comunistas”: “Eis o tipo de debate democrático que os comunistas praticam: tanto se esforçaram, que conseguiram fechar a minha conta do Paypal.”, escreveu.

Apesar da PayPal ainda não ter se manifestado oficialmente sobre o assunto, o bloqueio é associado à pressão exercida por páginas que denunciam apoio institucional indireto aos ideais de Olavo, que não raramente espalha fake news e discursos de ódio.

Ações de pressão digital do tipo também foram responsáveis por desmonetizar portais que propagavam notícias falsas e eram remunerados por meio de anúncios do Google, prática conhecida como mídia programática.

O autointitulado filósofo usava a plataforma para gerenciar os pagamentos referentes aos seus cursos online. Na página de Carvalho, é possível verificar que há conteúdos avulsos sendo vendidos por 400 reais, módulos mais extensos com mensalidades a partir de 60 reais e outras modalidades de assinatura. Há aulas sobre auto-educação que criticam universidades, conteúdos sobre “consciência de imortalidade” e outros.

Além do PayPal, Carvalho utiliza da plataforma PagSeguro, que também vem sendo pressionada pelo grupo Sleeping Giants.

A página alega que os conteúdos de Carvalho propagam desinformação, como um vídeo no qual o guru bolsonarista afirmou, no dia 22 de março, que não existiam mortes confirmadas por coronavírus no mundo. Para ele, a pandemia seria “a mais vasta manipulação de opinião pública que já aconteceu na história humana”.

O grupo chegou a marcar a PayPal em uma publicação com o destaque para os termos de uso da plataforma. “Você não pode usar os serviços da PayPal em atividades que se relacionem a transações envolvendo […] a promoção de ódio, violência, racismo ou outras formas de tolerâncias discriminatória, ou a exploração financeira de crimes”, diz trecho do texto.

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