Sociedade

13 crianças indígenas morrem por diarreia no Acre

Em nota, o Ministério da Saúde diz aguardar confirmação de laboratório para saber se as mortes foram causadas pelo rotavírus

13 crianças indígenas morrem por diarreia no Acre
13 crianças indígenas morrem por diarreia no Acre
Índios da etnia Kaxinawá. Foto: pib.socioambiental.org
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Atualizada às 11h00, em 20 de janeiro de 2012.

O Ministério da Saúde confirmou, em nota, que 13 crianças indígenas morreram, em pouco mais de um mês, em decorrência de uma diarreia aguda em aldeias das etnias Kaxinawá e  Kulina no município de Santa Rosa do Purus, no Acre.

A suspeita é que elas tenham sido vítima do rotavírus, doença diarreica aguda causada por vírus transmitido por contato entre pessoas, através de água, alimentos e objetos contaminados.

A nota, assinada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao ministério, informa que até o momento não foi confirmado ou notificado oficialmente casos de rotavírus nas comunidades indígenas.

“Não há confirmação laboratorial dos casos e a causa das mortes ainda está sob investigação”, diz o ministério.

Ainda segundo a nota, as morte mortes foram registradas nas aldeias de Nova Família, Morada Nova,Novo Repouso, Nova Fronteira, Nova Aliança, Kanamari e Moema.

O Ministério da Saúde informou que está monitorando as investigações, e já disponibilizou ajuda ao município e ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, responsável pelo atendimento básico de saúde à comunidade indígena da região.

De 1º a 18 de janeiro, 70 crianças indígenas foram identificadas com doença diarreica aguda. Dessas, três morreram e duas continuam internadas para tratamento, que é a base de reidratação oral. Em dezembro passado, foram dez mortes.

Os casos ocorreram em 20 das 46 aldeias na região do município de Santa Rosa do Purus, onde há 3 mil índios. Próximo da fronteira com o Peru, a secretaria alega que o acesso às tribos é difícil, feito por barco.

Equipes de saúde do ministério em Alto Rio Purus e dos governos estadual e municipal foram deslocadas paras aldeias em busca de novos casos e para investigar os motivos das mortes. A orientação é reidratar os doentes com sintomas suspeitos. Já os desidratados e desnutridos são removidos.

Para o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), as mortes mostram o descaso das autoridades com os indígenas no Acre. “O grave é que ninguém faz nada e fica um jogo de empurra-empurra entre as instituições que deveriam estar cuidando da saúde dos povos indígenas”, disse a entidade.

Atualizada às 11h00, em 20 de janeiro de 2012.

O Ministério da Saúde confirmou, em nota, que 13 crianças indígenas morreram, em pouco mais de um mês, em decorrência de uma diarreia aguda em aldeias das etnias Kaxinawá e  Kulina no município de Santa Rosa do Purus, no Acre.

A suspeita é que elas tenham sido vítima do rotavírus, doença diarreica aguda causada por vírus transmitido por contato entre pessoas, através de água, alimentos e objetos contaminados.

A nota, assinada pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), ligada ao ministério, informa que até o momento não foi confirmado ou notificado oficialmente casos de rotavírus nas comunidades indígenas.

“Não há confirmação laboratorial dos casos e a causa das mortes ainda está sob investigação”, diz o ministério.

Ainda segundo a nota, as morte mortes foram registradas nas aldeias de Nova Família, Morada Nova,Novo Repouso, Nova Fronteira, Nova Aliança, Kanamari e Moema.

O Ministério da Saúde informou que está monitorando as investigações, e já disponibilizou ajuda ao município e ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, responsável pelo atendimento básico de saúde à comunidade indígena da região.

De 1º a 18 de janeiro, 70 crianças indígenas foram identificadas com doença diarreica aguda. Dessas, três morreram e duas continuam internadas para tratamento, que é a base de reidratação oral. Em dezembro passado, foram dez mortes.

Os casos ocorreram em 20 das 46 aldeias na região do município de Santa Rosa do Purus, onde há 3 mil índios. Próximo da fronteira com o Peru, a secretaria alega que o acesso às tribos é difícil, feito por barco.

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