O que se sabe sobre o sequestro a um ônibus que fez 17 reféns na Rodoviária do Rio

Um ônibus da Viação Sampaio foi sequestrado na tarde terça-feira 12, na Rodoviária Novo Rio, no Rio de Janeiro, fez 17 reféns, entre idosos e crianças. 

Ao menos duas pessoas foram atingidas por disparos de armas de fogo. Uma delas segue em estado grave. Após cerca de três horas de negociação com agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o sequestrador se entregou e foi preso. 

Ele foi identificado como Paulo Sérgio de Lima, de 30 anos, e agora está preso e deve prestar depoimento na 4ª DP. Segundo as primeiras informações da polícia, ele era da Rocinha e tentava fugir para Juiz de Fora (MG).

A fuga teria ocorrido por conta de desavenças que Lima estaria enfrentando com uma facção criminosa. Segundo a PM, ele fazia parte do crime organizado. Inclusive, com participações em disputas territoriais na zona oeste da cidade.

Lima foi condenado por um assalto a um ônibus em 2019, e saiu da cadeia para prisão domiciliar em 2022. 

As vítimas

O sequestro durou cerca de três horas. As duas pessoas feridas foram baleadas fora do veículo, antes de o sequestrador entrar e tomar os reféns.

Já no ônibus, de dois andares, o criminoso fez 17 pessoas reféns, entre idosos e crianças. 

O momento do sequestro aconteceu depois que o ônibus percorreu 500 metros e voltou para a rodoviária, depois que o ar-condicionado quebrou. 

Os agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionados para negociar com o sequestrador, por volta de 15h30 da tarde. Às 18h, após as negociações, o homem se entregou e a arma utilizada foi apreendida.

Os feridos foram socorridos para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Um dos atingidos, Bruno Lima de Costa Soares, de 34 anos, foi atingido no abdômen e tórax, passou por cirurgia e segue em estado grave.

Outra vítima foi atendida no centro médico da Rodoviária com estilhaços e não precisou ser encaminhada ao hospital. 

Agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) foram acionados pelo Governo do Rio de Janeiro para as negociações. Atiradores de elite foram posicionados, mas não precisaram ser acionados.

A Rodoviária do Rio foi totalmente evacuada para a atuação das equipes do Bope.

Em nota, a Viação Sampaio, responsável pelo ônibus sequestrado, lamentou o ocorrido e afirmou que uma equipe da empresa está na Rodoviária e dará “o apoio possível aos clientes e funcionários da empresa”.