Sociedade

O que se sabe sobre o caso do homem que amputou as patas de um cavalo em São Paulo

O tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, está sob investigação

O que se sabe sobre o caso do homem que amputou as patas de um cavalo em São Paulo
O que se sabe sobre o caso do homem que amputou as patas de um cavalo em São Paulo
Polícia investiga caso de homem que amputou patas de cavalo no interior de São Paulo. Créditos: Reprodução.
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A Polícia Civil de São Paulo concluiu que o cavalo que teve as patas amputadas pelo tutor, no interior de São Paulo, estava vivo ao ser mutilado. A confirmação se deu com base em laudos periciais.

A informação foi confirmada pelo delegado de Bananal, Rubens Fonseca Hermes, em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira 27. Na gravação, ele aparece ao lado da veterinária Luana Gesualdi, que atuou junto ao caso como voluntária.

“Infelizmente, realmente aconteceu em vida. O animal apresentava hematomas compatíveis com a vida. Quando o animal já está sem vida, quando é um cadáver, você não consegue desferir golpes e causar hematomas”, explicou a profissional.

O cavalo estava em estado de exaustão, caído ao chão com a respiração lenta, após percorrer uma cavalgada de aproximadamente 15 quilômetros. Nesse momento, foi mutilado pelo tutor com um facão. Ainda segundo a médica veterinária, isso explica o fato de a mutilação não ter causado sangramento expressivo.

“Quando o animal está em uma fadiga muito grande, muito grave, a pressão dele cai, ou seja, o animal fica desfalecido, com pulsos muito baixos, e por isso não se tem muito sangue mesmo”, completou.

A Polícia confirmou que o caso foi encaminhado ao Ministério Público na sexta-feira 22, após a conclusão dos laudos periciais. O órgão vai decidir se formaliza uma denúncia contra o tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos.

Após a repercussão do caso, o homem disse estar arrependido e que estava alcoolizado. Ele sustentava, no entanto, ter mutilado o animal depois de morto.

“Foi um ato de transtorno. Em um momento embriagado, transtornado, eu peguei e cortei por cortar. Foi um ato cruel”, disse Queiroz em entrevista à TV Vanguarda.

O caso teve grande repercussão e chamou a atenção de figuras públicas, como a ativista Luisa Mell, a cantora Ana Castela e a atriz Paolla Oliveira, que pedem justiça.

Praticar maus-tratos contra animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos é crime. Condutas como abandonar, ferir, mutilar e envenenar estão tipificadas na lei. A pena é de detenção que pode variar de três meses a um ano.

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