Sociedade

O que se sabe sobre a morte de quatro homens que foram cobrar uma dívida no Paraná

Os amigos saíram São José do Rio Preto (SP) para cobrar uma dívida de 255 mil referente à compra de um imóvel; ninguém foi preso até o momento

O que se sabe sobre a morte de quatro homens que foram cobrar uma dívida no Paraná
O que se sabe sobre a morte de quatro homens que foram cobrar uma dívida no Paraná
Da esquerda para a direita, Afonso, Robishley, Rafael e Alencar. Créditos: Reprodução
Apoie Siga-nos no

A Polícia encontrou, nesta sexta-feira 19, os corpos de quatro homens que estavam desaparecidos depois de saírem de São Paulo, com destino ao Paraná, para cobrar uma dívida.

Os corpos das vítimas Robishley Hirnani de Oliveira, Rafael Juliano Marascalchi, Diego Henrique Afonso e Alencar Gonçalves de Souza estavam enterrados em uma área de mata, próximo a Icaraíma, no noroeste do estado. Corpos têm aparentes marcas de violência, mas precisarão passar por perícia.

Os amigos saíram São José do Rio Preto (SP) e foram ao Paraná cobrar uma dívida de 255 mil reais referente à compra de um imóvel. Eles foram vistos pela última vez no dia 5 de agosto conversando em uma padaria, em Icaraíma, mas deixaram de responder aos familiares por volta do meio dia.

Na tarde da última sexta-feira 12, a Polícia encontrou a picape utilizada pelas vítimas enterrada em um bunker em uma área rural da cidade; coberto por uma lona, o veículo tinha marcas de tiros e vestígios de sangue.

Na tarde do domingo 14, em buscas pela região, os policiais encontraram duas munições de calibre 9mm. As balas estavam na propriedade vendida por uma das vítimas para os suspeitos, localizada próximo de onde o carro dos desaparecidos foi encontrado.

Vitimas foram vistas pela última vez em uma padaria em Icaraíma. Foto: Polícia Civil/Reprodução

Segundo a Polícia, as vítimas teriam sido contratadas por Alencar Gonçalves de Souza, morador da cidade, para cobrar uma dívida da venda de uma propriedade rural feita a Antonio Buscariollo e Paulo Ricardo Costa Buscariollo, pai e filho, suspeitos de envolvimento no crime. Os dois são considerados foragidos.

No dia 6 de agosto, os agentes chegaram a ir até a propriedade onde os homens chegaram a ir para cobrar a dívida. Os policiais foram recebidos por Antonio e Paulo Ricardo que confirmaram haver um negócio envolvendo a compra e venda de uma propriedade rural entre Alencar e dois parentes deles, mas disseram que não tinham relação direta com a dívida.

Pai e filho passaram a ser suspeitos depois que deixaram a propriedade assim que foram liberados da delegacia. Desde então, eles não foram mais encontrados.

De acordo com a Polícia Civil, Antonio possui antecedente criminal por posse ilegal de arma de fogo. Paulo não tem passagens pela polícia.

A investigação do caso segue sob sigilo. Até o momento ninguém foi preso.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo