Entre 2014 e 2015, o mercado de trabalho brasileiro perdeu 3,7 milhões de vagas. Ao mesmo tempo, o número de trabalhadores sindicalizados cresceu 11,4%. Em 2015, esse contingente somou 18,4 milhões de trabalhadores (19,5% do toal), 1,9 milhão a mais do que no ano anterior.
Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no suplemento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Aspectos das relações de trabalho e sindicalização.
A pesquisa foi publicada na mesma semana em que se discute da Câmara dos Deputados a reforma trabalhista que, dentre outras mudanças, propõe o fim do imposto sindical, um dos principais meios de financiamentos das entidades.
Essa é a maior alta na proporção de sindicalizados no País desde 2004, início da série histórica na Pnad. Naquele ano, o número de associados era de 15,3 milhões. Como mostra o gráfico, o número de sindicalizados oscilou neste período, mas cresce desde 2014. Metade dos filiados (50,8%) afirmou que se sindicalizou por acreditar que a entidade defende os direitos do trabalhador.
Dentre os trabalhadores não sindicalizados (80,9%), a maior parte (26,4%) desconhecia sua entidade de representação. Para outros 23,6%, pesou o fato do sindicato não ter os serviços que lhes interessavam.
Leia o estudo do IBGE na íntegra: