Número de assassinatos cai 7% no País em 2021 e atinge o menor índice desde 2007

Brasil teve 41,1 mil mortes violentas no ano passado segundo o índice nacional de homicídios do G1; a melhora, porém, não necessariamente significa progresso na segurança pública

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

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O número de assassinatos no Brasil caiu 7% em 2021, comparado com os índices do ano anterior. O levantamento é do G1 e foi realizado a partir dos dados oficiais dos estados e do Distrito Federal.

Em 2021, foram registradas 41,1 mil mortes violentas na modalidade dolosa no País – 3 mil a menos que no ano anterior. Os dados somam homicídios dolosos, incluindo feminicídios, latrocínios e lesões seguidas de morte.

O valor registrado aponta uma tendência de queda desde 2018, segundo o Monitor da Violência, apesar de um aumento de 5% em 2020.

Os números de 2021 são muito próximos dos registrados em 2019, quando houve a maior redução histórica do índice, de 19%.

Entre os estados, foi o Acre que apresentou a maior queda, de 48%. No entanto, 4 estados do Norte registraram uma alta nos assassinatos, sendo a maior no Amazonas, com um aumento de 54%.

Segundo o presidente do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Renato Sérgio de Lima, a redução do número de mortes violentas pode não significar uma melhora na segurança pública. Podem existir diversas causas advindas de contexto negativos que refletem nos dados, como a profissionalização do mercado de drogas no País.


Além disso, há também um maior controle e influência dos governos sobre os criminosos e a existência, momentânea, de um apaziguamento de conflitos entre facções.

O presidente do Fórum ainda esclareceu que uma mudança nas regras dos repasses de recursos para os estados pode ter ocasionado a redução.

“Em 2018, houve uma mudança nas regras de repasse de recursos arrecadados pelas Loterias da Caixa que, na prática, fez com que cerca de 80% de todo o dinheiro da segurança repassado para estados e Distrito Federal de 2019 a 2021 tenha as loterias como origem”, explicou no Twitter.

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