Norte selvagem

Indígenas são vítimas de campanha de ódio após a morte de três caçadores em área demarcada

Imagem: Carl de Souza/AFP

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No fim de abril, a Polícia Civil do Pará encontrou os corpos de Gutemar ­Pereira e Jaime Santos, trabalhadores terceirizados que prestavam serviço à Equatorial, empresa de energia do estado, depois de duas semanas que eles tinham desaparecido. A dupla foi assassinada enquanto fiscalizava uma fazenda numa área rural do município de Rio Maria, no Sul do Pará. No mesmo período, três jovens foram encontrados mortos na cidade de Novo Repartimento, no sudeste paraense, mais especificamente no interior da Terra Indígena Awaeté Parakanã. Ainda não se conhecem as causas nem os responsáveis pelos dois crimes, pois as investigações estão em curso.

Os assassinatos têm em comum um aparente motivo torpe. O que chama atenção, no entanto, é a diferença inexplicável quando se observa a repercussão e a reação popular em relação aos dois episódios. Enquanto na morte dos trabalhadores a comoção deu-se dentro do esperado, um lamento por duas vidas terem sido ceifadas de forma abrupta, no assassinado dos jovens a reação é de revolta, vingança, ódio e racismo.

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