Sociedade
Mulheres negras são maioria entre evangélicos, aponta Datafolha
Catolicismo ainda é predominante no país e vem seguido dos fiéis evangélicos, cuja influência das mulheres é crescente


O rosto predominante das igrejas evangélicas é o de uma mulher negra. É o que aponta a pesquisa Datafolha, divulgada nesta segunda-feira 13, que avaliou o perfil religioso de brasileiros de todas as regiões. O catolicismo ainda figura no topo da lista de crenças, mas vem observando uma diminuição no número de fiéis ao longo do tempo.
A pesquisa foi feita nos dias 5 e 6 de dezembro de 2019, com 2.948 pessoas em 176 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Cerca de 50% dos brasileiros são católicos, 31% evangélicos e 10% afirmam não terem religião. As demais porcentagens englobam a influência do espiritismo, opção de 3% dos entrevistados, e as crenças em religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, que figurou com 2% de praticantes.
Em relação a gênero e raça, a pesquisa demonstrou que 58% dos evangélicos são mulheres, entre as quais 43% se identificam como pardas e 16% como pretas. As brancas são 30%, segunda maior porcentagem, e as mulheres amarelas e indígenas aparecem com 3% e 2%, respectivamente.
Reduto importante do bolsonarismo, as igrejas neopentecostais – uma das ramificações dentro da doutrina protestante – possuem uma participação ainda maior das mulheres: elas são 69% do total dos fiéis. Entre os católicos, as mulheres representam 51% dos fiéis, enquanto os homens são 49%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.