Sociedade
Mulher é presa por xingar negra de “macaca” em shopping no Rio de Janeiro
Estudante filmou caso de racismo e publicou nas redes sociais
Uma mulher negra foi vítima de racismo ao ser chamada de “macaca sem educação” por outra mulher na saída de um shopping na zona norte do Rio de Janeiro. A Polícia Militar prendeu a autora da injúria, identificada como Luciene Braga, de 33 anos. A informação é do site BuzzFeed News.
A cena foi filmada pela estudante Nathália Hybner, de 21 anos, e publicada no Twitter. Segundo Nathália, Luciene chamou a vítima de macaca “diversas vezes”.
“Racismo no NorteShopping, a autora chamou a vítima de macaca diversas vezes, gritando, entrou no shopping e se escondeu no banheiro, eu como testemunha fui atrás da criminosa e entrei em contato com os seguranças para conduzi-la até a polícia”, escreveu a estudante.
ALERTA RACISMO
Racismo no norte shopping, a autora chamou a vítima de macaca DIVERSAS VEZES, gritando, entrou no shop e se escondeu no banheiro, eu como testemunha fui atrás da criminosa e entrei em contato com os seguranças pra conduzi-la até a polícia pic.twitter.com/QhbcWGJ4ij— Nath (@nathhybner) March 5, 2020
A estudante relatou ainda ter sido agredida pela autora da ofensa durante a condução feita pelos seguranças. Ela publicou ainda uma foto do auto de prisão em flagrante, registrada pela 21ª Delegacia de Polícia de Manguinhos.
Em entrevista ao site BuzzFeed News, a vítima, identificada como Lígia Moreira, de 41 anos, disse que soltou um “caraca” enquanto conversava por telefone com um parente, em frente ao shopping, quando recebeu as agressões verbais.
“Essa mulher pensou que eu estava falando com ela e começou a me xingar. Ela repetia sem parar que eu era macaca, que eu não tinha educação. As pessoas que viram ficaram indignadas e ela foi para o banheiro do shopping”, disse Lígia.
Segundo o site, a mulher que proferiu os insultos racistas foi presa em flagrante pelo crime de injúria racial e responderá em liberdade após o pagamento da fiança. O valor pago não foi informado.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



