CartaExpressa

MPF pede esclarecimentos ao IML sobre protocolos adotados em vítimas de operação policial

Procurador deu 48 horas para que órgão esclareça a adoção de requisitos para a emissão dos laudos necroscópicos

MPF pede esclarecimentos ao IML sobre protocolos adotados em vítimas de operação policial
MPF pede esclarecimentos ao IML sobre protocolos adotados em vítimas de operação policial
Créditos: Pablo PORCIUNCULA / AFP
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público Federal do Rio de Janeiro encaminhou nesta quarta-feira 29 um ofício ao Instituto Médico Legal (IML) determinando ao órgão que preste informações sobre os protocolos adotados para formular os laudos necroscópicos das 132 vítimas da operação policial realizada na terça-feira.

No documento, o procurador regional dos direitos do cidadão, Júlio José Araújo Junior, pede atenção especial ao cumprimento do protocolo de identificação de vítimas de desastres (DVI) e o protocolo de Minnesota. O primeiro, baseado em diretrizes da Interpol, é um processo padronizado para identificar pessoas mortas em massa; o segundo é utilizado na investigação de mortes potencialmente ilícitas, como execuções.

Ainda no documento, direcionado ao diretor do IML, André Luis dos Santos Medeiros, o procurador ainda lista quesitos mínimos que devem ser observados durante a análise cadavérica e constarem nos laudos, entre eles:

  1. Descrição completa das lesões externas;
  2. Descrição completa das lesões internas;
  3. Identificação dos projéteis nos corpos e extração para encaminhamento pericial;
  4. Exame radiográfico dos polibaleados;
  5. Croqui com lesão dos corpos;
  6. Fotografia de todas as lesões encontradas nos cadáveres;
  7. Fotografia das características individualizantes; e
  8. Item de discussão contendo trajetória dos projeteis e distância dos disparos.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo