O Ministério Público de São Paulo investigará a operação policial que deixou mortos em Guarujá, no litoral paulista, no fim de semana. O procedimento ficará sob responsabilidade do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial.
A meta do MP-SP é apurar a legalidade das ações da Polícia Militar, deflagradas no âmbito da Operação Escudo, após o assassinato do soldado da Rota Patrick Bastos Reis, na quinta-feira 27.
O órgão designará dois promotores para acompanhar as investigações sobre as mortes por intervenção policial.
Segundo o governo de São Paulo, oito pessoas morreram durante a operação da PM. O número diverge do levantamento da Ouvidoria das Polícias, a apontar dez mortes.
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, em coletiva de imprensa nesta segunda, que a atuação da polícia teria sido “profissional” e sem “excesso”. Moradores do Guarujá, por outro lado, relatam a prática de tortura.
Um dos casos envolve o vendedor ambulante Felipe Vieira Nunes, de 30 anos, morto com nove tiros na noite da sexta-feira 28. Moradores da favela da Vila Baiana dizem ter ouvido gritos durante uma sessão de tortura. O homem foi encontrado pela família com queimaduras de cigarro, um ferimento na cabeça e um corte no braço.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login