Sociedade
Mortes após chuvas no litoral norte de São Paulo sobem para 49; buscas continuam
48 mortes ocorreram em São Sebastião e uma em Ubatuba; há outros 36 desaparecidos e 3.529 pessoas estão fora de casa
Subiu para 49 o número de mortes decorrentes das chuvas no litoral norte de São Paulo no último final de semana. A atualização foi divulgada na manhã desta quinta-feira 23 pelo governo paulista.
Do total de vítimas, 38 já foram identificadas e liberadas para sepultamento. Até o momento, são 13 homens, 12 mulheres e 13 crianças. Das 49 mortes, 48 aconteceram em São Sebastião e uma em Ubatuba. Há outros 36 desaparecidos, de acordo com a Defesa Civil. O órgão informou, também, que o número pode ser alterado, uma vez que ainda existem vítimas sob os escombros. As buscas chegaram ao quinto dia.
3.529 pessoas estão fora de casa, desabrigadas ou desalojadas.
Como informou o Centro Nacional de Monitoramento de Alertas de Desastres Naturais na quarta-feira 22, o governo de São Paulo e a prefeitura de São Sebastião foram avisados sobre o risco de desastre com dois dias de antecedência.
O tráfego na rodovia Rio-Santos (SP-055) foi liberado parcialmente pelo Departamento de Estradas e Rodagens em pontos que haviam sido obstruídos. O governador Tarcísio de Freitas pediu que turistas que estão na região desde o Carnaval aproveitem as desobstruções e deixem as cidades do litoral norte.
Desde o início da tragédia, a população tem relatado casos de desabastecimento de água, pelo fato de as estruturas terem sido destruídas. Os sinais de telefonia e internet ainda não foram restabelecidos completamente.
Segundo o governo, a chegada do Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico a São Sebastião permitiu que um hospital de campanha da Marinha começasse a funcionar nesta quinta.
A previsão do tempo para as cidades do litoral norte – São Sebastião, Ubatuba, Caraguatatuba e Ilhabela, por exemplo – é de chuva, pelo menos, até a sexta 24.
Há riscos de temporais, entre as tardes e as noites, com média de acúmulo de água diário de 30 a 50 milímetros. Em comparação, no final de semana da tragédia estações da região chegaram a registrar o acúmulo de 600 milímetros em 24 horas.
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