Morre Ruth de Souza, a grande dama negra do teatro, do cinema e da TV

Ela foi a primeira brasileira indicada a um prêmio internacional e abriu caminho para o artista negro no Brasil

Reprodução

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Ruth de Souza, que morreu neste domingo 28 aos 98 anos no Rio de Janeiro, foi a primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio, em 1945.

A quebra de tabu a fez ser considerada a primeira-dama negra do teatro, do cinema e da televisão. Com seu papel na peça “O Imperador Jones”, escrita por Eugene O’Neil, 74 anos atrás, Ruth abriu caminho para o artista negro no País.

Foi também a primeira brasileira indicada ao prêmio de melhor atriz em um festival internacional de cinema, com o papel no filme “Sinhá Moça”, no Festival de Veneza, em 1954.

A atriz morreu no Hospital Copa D’Or, em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Ela estava internada no Centro de Tratamento Intensivo desde a última segunda-feira 22 para tratar de uma pneumonia.

O último trabalho da atriz foi na minissérie “Se eu fechar os olhos agora“, da TV Globo, filmado em 2019. Ela foi homenageada no Carnaval de 2019 pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz durante desfile da Série A.


Repercussão

O ator Paulo Betti disse que a morte de Ruth é uma grande perda para a cultura do País. “Ela é uma figura muito importante para a cultura brasileira. Fez o Teatro do Negro. Foi uma pioneira”, disse Betti.

O cineasta e imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Cacá Diegues destacou que Ruth de Souza não foi só uma grande atriz, “como também foi um símbolo da ascensão da qualidade do trabalho dos negros, todos grandes atores”.

Diversas personalidades prestaram homenagens à atriz nas redes sociais.

Com informações da Agência Brasil

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