Sociedade
Moradores de bairros nobres de São Paulo vivem até 23 anos mais que do que quem vive no extremo-norte
Enquanto bairros como Alto do Pinheiros e Consolação registram médias de vida acima de 80 anos, regiões como Marsilac, Anhanguera e Cidades Tiradentes, variam dos 59 aos 64 anos
Moradores do Itaim Bibi e do Jardim Paulista, bairros nobres da região oeste de São Paulo, vivem até 23 anos mais que moradores do Anhanguera, ao norte. É o que aponta a nova edição do Mapa da Desigualdade de São Paulo, lançado pela rede Nossa São Paulo nesta terça-feira 28.
De acordo com o levantamento, a idade média ao morrer em São Paulo é em média 71 anos, mas valor aumenta na região central e diminui nos extremos da capital paulistana. Enquanto bairros nobres como Alto do Pinheiros e Consolação registram médias acima de 80, locais como Marsilac, Anhanguera e Cidades Tiradentes, nos extremos sul, leste e norte, variam dos 59 aos 64 anos na estimativa.
A pesquisa, realizada desde 2012, utiliza base de dados públicos de saúde, obituários e registros civis para a obtenção dos números dos 96 distritos localizados em São Paulo. Diferente das projeções de expectativa de vida, o levantamento leva em consideração o número de mortes no local em relação a idade dos óbitos para chegar ao resultado.
Idade média ao morrer em SP. Dados: Rede Nossa SP
Centro de São Paulo é mais violento
Ao analisar dados de violência contra a mulher, contudo, o cenário é inverso. Bairros ao centro como a Sé e a Barra Funda aparecem no topo da lista com 694 ocorrências diante a média de 269, quase 2,6 vezes maior que os demais distritos.
O mesmo se repete ao analisar casos de violência contra a população LGBT+, onde a Barra Funda e a República lideram a lista com 78 casos diante a média de 12 por distrito.
Os distritos que possuem as menores médias de idade ao morrer também são as regiões com o maior número de homicídios. Ambos os distritos de Socorro e Cidade Tiradentes registraram aproximadamente 16 mortes a cada 100 mil habitantes, enquanto a média da cidade é de 6,6.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.