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Ministro da Defesa recua após afirmar que ‘gelo nas asas’ teria causado acidente aéreo

José Múcio descarta falha de comunicação entre pilotos e controladores de voo; fabricantes do ATR-72 acompanham investigações no Brasil

Ministro da Defesa recua após afirmar que ‘gelo nas asas’ teria causado acidente aéreo
Ministro da Defesa recua após afirmar que ‘gelo nas asas’ teria causado acidente aéreo
O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou, neste domingo 11, que o acidente com o avião da Voepass, ocorrido na última sexta-feira, 9, foi causado por “gelo acumulado nas asas da aeronave”. 

A declaração foi dada em entrevista ao portal UOL, na qual o ministro também negou que tenha havido qualquer falha de comunicação entre o piloto e os controladores de voo da região.

Pouco após a publicação da matéria, contudo, o ministro recuou e apontou que o gelo pode ser uma das hipóteses, mas “não tem nada asseverado” ainda, uma vez que as investigações estão em curso.

Na entrevista, Múcio desmentiu especulações surgidas em grupos de pilotos no WhatsApp, que sugeriam que a aeronave poderia ter sido impedida de iniciar o procedimento de descida. 

“Isso não é verdade. Sei que não houve contato entre os pilotos e a torre. O que ocorreu foi gelo nas asas”, enfatizou o ministro.

O acidente, que aconteceu em Vinhedo (SP) às 13h20, a cerca de 20 minutos do horário previsto para o pouso no aeroporto de Guarulhos, resultou na morte de todos os passageiros a bordo. 

A aeronave, um modelo ATR-72 fabricado em 2010, estava em condições regulares para operar, segundo informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), com todos os certificados de matrícula e aeronavegabilidade válidos.

Múcio também informou que os fabricantes do ATR-72 já estão no Brasil para acompanhar de perto as investigações conduzidas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). 

Além disso, a Força Aérea Brasileira (FAB) será responsável pelo transporte dos corpos das vítimas para a cidade de Cascavel (PR), de onde o voo havia partido.

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