Política
Minas Gerais decreta emergência sanitária animal por gripe aviária
A gestão Zema já havia ordenado o descarte de 450 toneladas de ovos para evitar focos de infecção, após confirmação de caso no RS


O governo de Minas Gerais decretou, nesta terça-feira 27, situação de emergência sanitária animal devido ao risco de disseminação da gripe aviária. O decreto foi publicado em uma edição extra do Diário Oficial do estado.
A medida ocorre após o Instituto Mineiro de Agropecuária confirmar na segunda-feira 26 um caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade em um cisne negro, criado como uma ave ornamental em um sítio na região metropolitana de Belo Horizonte.
Na semana passada, o estado descartou 450 toneladas de ovos para prevenir um novo foco da doença. Os ovos haviam sido enviados por uma granja de Montenegro, no Rio Grande do Sul, município onde o Ministério da Agricultura confirmou a presença do vírus.
Minas Gerais é o segundo maior produtor de ovos do País e o quinto na produção aviária. Segundo o governo de Romeu Zema (Novo), não há, até o momento, qualquer comprometimento da produção avícola do estado.
“Todas as ações necessárias para garantir que não haja contaminação das aves para uso comercial estão sendo tomadas. É um trabalho de vigilância sanitária de altíssima qualidade, com o uso de todos os recursos financeiros e humanos necessários”, disse o governador em exercício Mateus Simões (Novo).
“Quero dizer ainda à população que não há qualquer risco no consumo de carne de aves ou de ovos. Não há risco de contágio de contágio humano no consumo. O risco existe apenas para quem tem contato direto com aves confinadas.”
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