Menina trans de 13 anos é espancada até a morte no Ceará

Keron Ravach foi assassinada na madrugada de segunda-feira 4 na cidade de Camocim

Foto: Reprodução/O Povo

Apoie Siga-nos no

A adolescente Keron Ravach foi assassinada na madrugada de segunda-feira 4 na cidade de Camocim, no Ceará.

Keron, que passava por um processo de transição de gênero, foi espancada e atingida com pauladas e socos.

O corpo da jovem, segundo o jornal O Povo, foi encontrado em um terreno baldio no bairro Apossados. Ela faria 14 anos no próximo 28 de janeiro, um dia antes da data em que se celebra o Dia da Visibilidade Trans no país.

O delegado que acompanha o caso, Herbert Ponte, titular da Delegacia de Camocim, afirmou ao O Povo que o principal suspeito do homícidio é um jovem de 17 anos, apreendido quase um dia depois do crime.

De acordo com o delegado, o adolescente já apresentava antecedentes de violência dentro da própria casa. Relatos à Polícia Civil asseguraram que o suspeito já havia tentado matar a própria mãe há alguns meses.

A instituição de ensino onde a jovem estudava, a Escola de Ensino Fundamental Francisco Ottoni Coelho, divulgou uma nota.


“Neste momento de dor e indignação, toda comunidade escolar se solidariza com familiares, amigos e colegas”, diz o texto.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais também se manifestou. “Uma criança trans de 13 anos foi brutalmente assassinada no Ceará. Tendo sido espancada com chutes e pauladas. Mais uma vida trans perdida prematuramente em função do ódio e da transfobia, já nos primeiros dias de 2021″.

 

 

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.