Sociedade

Médico é investigado por distribuir atestados contra o uso de máscaras

Sergio Marcussi acredita que o uso de proteção é ‘cabresto’

O médico Sergio Marcussi. Foto: Reprodução/YouTube
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O Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais (CRM-MG) informou que abriu uma investigação sobre a conduta de um médico que estaria fornecendo atestados para pessoas que não querem usar máscaras na pandemia.

Segundo o Conselho, os procedimentos correrão sob sigilo, em conformidade com o Código de Processo Ético Profissional (CPEP). Em nota, a entidade reforçou a recomendação sobre o uso da proteção facial.

“O CRM-MG reforça as orientações das autoridades sanitárias de que, até o momento, as medidas reconhecidas para contenção da pandemia de Covid-19 são o uso de máscaras, higienização constante das mãos, evitar tocar a face e distanciamento social”, escreve.

O caso se tornou polêmico nas redes sociais.

De acordo com o registro no Conselho Federal de Medicina (CFM), datado de 1993, o médico se chama Sergio Luiz Marcussi Vitor da Silva e atua como ginecologista, obstetra e nutrologia.

Sergio Marcussi foi marcado no Twitter pelo deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), na segunda-feira 26, em uma postagem contra o uso de máscaras. O parlamentar afirmou ter licença médica para não utilizar a proteção e disse ter apresentado o “respaldo” ao ser abordado em um aeroporto.

As redes sociais do médico não estão mais ativas. Segundo registros na internet, ele respondeu a Daniel Silveira que já havia feito 20 atestados desse tipo.

Marcussi incentivava publicamente o rechaço ao uso de máscaras por servir como “cabresto”.

Ele também defende que a máscara provoca efeitos prejudiciais à saúde, posição que não é sustentada por entidades médicas. Segundo a Lei º 14.019, o uso do equipamento é dispensado no caso de pessoas com autismo, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado de máscara, conforme declaração médica.

O médico também já defendeu o uso da hidroxicloroquina e da ivermectina como formas de prevenção à Covid-19, medicamentos sem eficácia comprovada cientificamente contra a doença.

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