Sociedade
Marinha deve encerrar nesta terça as buscas por vítimas da queda de ponte no Rio Tocantins
Comportas de barragem precisarão ser reabertas, o que inviabilizará o prosseguimento dos trabalhos
A Marinha do Brasil informou que esta terça-feira 7 deve ser o último dia das ações de busca pelas vítimas do desabamento da Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira no rio Tocantins. A partir de terça-feira 8 será necessário reabrir as comportas da barragem da Usina Hidrelétrica de Estreito, e, com isso, não haverá condições técnicas e operacionais para prosseguimento das operações de busca.
Até o momento, 14 corpos foram resgatados das águas, enquanto outras três pessoas seguem desaparecidas. Um sobrevivente também foi retirado do leito do rio no início da operação de resgate, que conta com apoio de integrantes dos Corpos de Bombeiros de diferentes estados e com profissionais de empresas públicas e privadas.
Segundo a Marinha, os trabalhos desta terça-feira vão permitir “a conclusão de um ciclo técnico que elimina quaisquer lacunas nas áreas já exploradas”. Desde o início dos trabalhos, o foco está nas áreas de maior probabilidade de localização das vítimas, especialmente perto dos veículos e dos escombros que caíram nas águas.
Novas atividades de busca pelas pessoas desaparecidas poderão ser abertas caso surjam novas informações concretas que contribuam para a localização dos corpos.
As comportas da usina hidrelétrica precisarão ser reabertas para garantir a segurança da própria estrutura e dos moradores de comunidades próximas, de acordo com a Marinha.
A ponte, que ligava as cidades de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), desabou no último dia 22 de dezembro. A estrutura tinha sido inaugurada em 1961. O governo federal anunciou a contratação de uma empresa para construção de uma nova ponte, que deverá ficar pronta em até um ano. Até lá, a travessia deve ser realizada por balsas.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
