Sociedade
Mais de 160 países já confirmaram presença na COP30
O número é superior ao quantitivo mínimo de dois terços de delegações necessários para validar as negociações discutidas ao longo da cúpula


Delegações de 162 países já confirmaram a participação na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que neste ano acontece em Belém (PA), entre os dias 11 e 21 de novembro. A informação foi divulgada durante coletiva de imprensa pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, na manhã desta sexta-feira 10, em Brasília.
Segundo o diplomata, esse número é superior ao quantitivo mínimo de dois terços de delegações necessários para validar as negociações discutidas ao longo da cúpula. Outros 14 países em desenvolvimento, convidados para a COP30, ainda não entraram em contato confirmando a participação no evento, afirmou Corrêa do Lago.
Para a Pré-COP, que acontece na próxima semana, a organização da conferência projeta receber cerca de 5o delegações, além de 500 inscritos. Embora não faça parte oficialmente do calendário da cúpula, trata-se de uma etapa diplomática importante, uma vez que nela representantes de governos e organismos internacionais buscam alinhar posições, antecipar pontos de convergência e reduzir eventuais antes da conferência principal.
Apesar do número expressivo de participação, o presidente da COP mencionou que vários países não cumpriram o prazo de entrega das NDCs, as Contribuições Nacionalmente Determinadas, cujo prazo se encerrou em fevereiro. As NDCs, no âmbito do Acordo de Paris, visam reduzir as emissões, além de tratarem a adaptação aos impactos das mudanças climáticas.
“Muitos países estão tentando integrar na sua NDC uma lógica de desenvolvimento. Estamos frustrados, sim, o que dificulta o cálculo do relatório síntese. Mas nos últimos números, temos 62 NDCs formalmente apresentadas e a ONU tem expectativa de 125 até a COP30. É muito importante que alguns dos países-chaves, com parcela significativa das emissões, apresentem suas NDCs”, afirmou Corrêa do Lago.
Também presente na coletiva, a ministra Marina Silva, disse considerar que a COP ajudará o mundo a evitar “pontos de não retorno” em relação ao meio ambiente. Ela também acredita que o evento evitará risco de retrocesso em relação ao sistema multilateral de negociações sobre clima e reforçou a necessidade de fortalecer a confiança no multilateralismo climático, em um cenário geopolítico desafiador.
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