Mais da metade das mulheres europeias já sofreu sexismo no trabalho

Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) ouviu mais de 5 mil mulheres em cinco países da União Europeia

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Em torno de 60% das mulheres na Europa indicaram terem sido vítimas de, pelo menos, uma forma de violência sexista, ou sexual, no trabalho – aponta um estudo feito on-line em abril de 2019 e publicado neste sábado 12, com mais de 5 mil mulheres de cinco países da União Europeia.

O relatório do Instituto Francês de Opinião Pública (IFOP) afirmou que 21% das mulheres passaram por essas situações no ano passado, enquanto 42% nos últimos 30 anos.

Ainda de acordo com a enquete, 11% das entrevistadas afirmaram terem tido relação sexual “forçada ou indesejada” com alguém de seu círculo profissional.

Um número que “destaca a zona cinzenta que pode existir em torno do consentimento”, quando este é “ser obtido em um contexto de subordinação, intimidação, ou manipulação”, advertem os autores do estudo, que englobou França, Alemanha, Itália, Reino Unido e Espanha.

Da mesma forma, 46% das mulheres foram submetidas a “assobios, gestos ou comentários rudes, ou olhares inadequados”, um percentual que, na Alemanha, chega a 56%. Além disso, 26% disseram ter de suportar esses gestos, ou comentários, “repetidamente”.


Ao menos 9% das mulheres declararam terem sido “pressionadas” por um colega, em pelo menos uma ocasião, para obter delas “um ato de cunho sexual”, e 18% relataram terem de suportar contatos físicos como mão nas nádegas, abraço forçado, ou beijo roubado.

Apenas 16% das que afirmaram terem sido pressionadas a realizar atos sexuais denunciaram o caso, porém, a algum superior, ou sindicato de sua categoria.

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