Política

‘Lista suja’ do trabalho escravo inclui 248 empregadores e bate recorde

Do total, 43 entraram na relação devido a práticas de trabalho análogo à escravidão em âmbito doméstico

‘Lista suja’ do trabalho escravo inclui 248 empregadores e bate recorde
‘Lista suja’ do trabalho escravo inclui 248 empregadores e bate recorde
Trabalhadores resgatados em trabalho análogo à escravidão em Goiás. Foto: Reprodução/TV Anhanguera
Apoie Siga-nos no

O Ministério do Trabalho e do Emprego publicou nesta sexta-feira 5 a atualização do cadastro de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão, documento conhecido como Lista Suja. Agora, a relação conta com 645 nomes.

A edição atual acrescenta 248 empregadores ao cadastro, o maior número de inclusões já registrado. Dentre eles, 43 entraram na lista devido a práticas de trabalho análogo à escravidão em âmbito doméstico.

Segundo o MTE, as atividades econômicas com maior número de empregadores inclusos na atualização são:

  • trabalho doméstico (43);
  • cultivo de café (27);
  • criação bovinos (22);
  • produção de carvão (16); e
  • construção civil (12).

A inclusão de pessoas ou empresas no cadastro, em atualizações semestrais, ocorre após a conclusão do processo administrativo que julga o auto de trabalho análogo à escravidão.

As ações fiscais de combate a essas práticas ficam a cargo de auditores-fiscais do trabalho do ministério, que podem contar com a participação de integrantes da Defensoria Pública da União, do Ministério Público Federal, do Ministério Público do Trabalho, da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, entre outras forças policiais.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo