Justiça ouve réus do caso Bruno e Dom e abre prazo para alegações finais

Como os réus estão presos no Paraná e em Mato Grosso do Sul, prestaram depoimentos por videoconferência

Foto: Kenzo Tribouillard/AFP

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A Justiça Federal concluiu no final da tarde desta segunda-feira 8 os depoimentos dos três réus acusados pelos assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em junho de 2022.

Após a audiência no Fórum de Tabatinga, no Amazonas, o juiz Fabiano Verli abriu um prazo de dois dias para o Ministério Público Federal e as defesas dos réus protocolarem suas alegações finais. Na sequência, o magistrado decidirá se os acusados vão a júri popular.

Como os réus estão presos no Paraná e em Mato Grosso do Sul, prestaram depoimentos virtuais. São eles:

Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”;

Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”; e

Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”.


“Pelado” tornou a confessar os assassinatos, mas tentou isentar o irmão, “Dos Santos”, das acusações. “Eu sou réu confesso nessa história. Meu irmão não tem nada a ver”, alegou. O trio responde por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Bruno e Dom foram mortos nas proximidades da Terra Indígena do Vale do Javari, no Amazonas. Eles articulavam um trabalho conjunto para denunciar crimes socioambientais na região do Vale do Javari, onde há a maior concentração de povos isolados e de contato recente do mundo.

Na Terra Indígena Vale do Javari estão 64 aldeias de 26 povos e cerca de 6,3 mil pessoas. Dom pretendia publicar um livro sobre as questões que afetam o território e apurava informações à época do crime.

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