Sociedade

Justiça concede habeas corpus a 23 militantes acusados de formação de quadrilha

Desembargador Siro Darlan pediu liberdade nesta quarta-feira aos acusados, presos no Rio de Janeiro um dia antes da final da Copa do Mundo

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Ativista Sininho, em depoimento no início deste ano
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O juiz Siro Darlan concedeu nesta quarta-feira 23 habeas corpus aos 23 manifestantes acusados de praticarem atos violentos em protestos no Rio. Eles são acusados de formação de quadrilha armada em investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro.

Os primeiros pedidos de prisão temporária foram feitos no dia 12 de julho, um dia antes da final da Copa do Mundo. Novas prisões foram determinadas pela Justiça na sexta-feira, 18, e, como cinco acusados já estavam detidos com base naquele pedido – entre eles Eliza Quadros, conhecida como Sininho –, os outros 18 investigados foram considerados fugitivos. Eles não foram encontrados pela polícia em seus respectivos endereços entre domingo e segunda.

O processo tem sido marcado por uma série de irregularidades e sofrido críticas de diversas entidades, como a Ordem dos Advogados do Brasil e a Anistia Internacional. Os advogados tiveram dificuldade de ter acesso ao processo, que foi entregue às organizações Globo. O grampo do telefone de advogados também gerou ainda mais críticas da OAB, que considera a ação ilegal.

Antes de dar a decisão, o desembargador publicou em seu Facebook um trecho da música Felicidade, de Lupcínio Rodrigues: “O pensamento parece uma coisa à toa, mas como é que agente voa quando começa a pensar. Liberdade! Liberdade! Abra as Asas sobre Nós!”

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