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Justiça aceita denúncia e PM envolvido na morte de NegoVila vira réu

Ernest Decco Granaro é acusado de homicídio doloso; sargento continuará preso preventivamente

Justiça aceita denúncia e PM envolvido na morte de NegoVila vira réu
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A Justiça acatou denúncia do Ministério Público e tornou réu o policial militar acusado de assassinar Wellington Copido Benfati, conhecido como NegoVila, no dia 28 de novembro, na zona oeste de São Paulo.

O sargento da Polícia Militar (PM) Ernest Decco Granaro, de 34 anos, é acusado de homicídio doloso, quando há intenção de matar. A denúncia foi oferecida pelo promotor Rogério Leão Zagallo. O policial alegou ter atirado em legítima defesa.

O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri, marcará uma data para a audiência de instrução do caso, etapa em que as testemunhas serão ouvidas e o réu, interrogado. Na sequência, o magistrado decidirá se há indícios para levar o policial a júri popular. Nesse caso, caberá a sete jurados a decisão pela absolvição ou pela condenação.

Ernest foi preso em flagrante e continuará detido preventivamente no presídio Romão Gomes da PM, na zona norte.

Entenda o caso

Nego Vila foi alvejado por volta das 4h30 do sábado 28 após tentar separar uma briga que ocorreu em frente à distribuidora Royal Bebidas e envolvia um de seus amigos e um policial de folga. O tiro foi disparado pelo sargento da PM Ernest Decco Granaro, 34 anos, que foi preso em flagrante por homicídio.

PM Ernest Decco Granaro | Foto: Reprodução

Amigos da vítima que prestaram depoimento à policia narram que, durante a confusão, ouviram um tiro para o alto, o que fez com que as pessoas saíssem correndo do local. Nesse tempo, um segundo disparo foi feito, momento em que viram NegoVila caído ao chão. Em entrevista à Ponte, a analista administrativa Luana Cruz de Campos, amiga da vítima que estava no local, disse que chegou a se jogar sobre NegoVila para que o policial não atirasse novamente. Ela alega ter visto o PM apontando a arma na direção do peito da vítima. A versão é corroborada por outras testemunhas.

Segundo o boletim de ocorrência, NegoVila chegou com vida ao Pronto Socorro da Lapa, mas morreu durante o atendimento médico.

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