A Vara de Auditoria Militar de Vitória, no Espírito Santo, determinou nesta quinta-feira 2 a prisão preventiva de cinco policiais militares envolvidos na morte de um adolescente de 17 anos que já estava rendido durante uma abordagem em Pedro Canário.
A decisão acolheu um pedido do Ministério Público Militar e partiu do juiz Getúlio Marcos Pereira Neves, durante audiência de custódia. Segundo o magistrado, “não há dúvida se tratar de crime militar”.
São alvos da decisão por matar o jovem Carlos Eduardo Rebouças Barros, segundo o G1, o cabo Leonardo Jordão da Silva e os soldados Samuel da Silva Souza, Thafny da Silva Fernandes, Wanderson Gonçalves Coutinho e Talisson Santos Teixeira.
Os cinco agentes foram presos na quarta-feira 1º e ouvidos na sede do 13º Batalhão de São Mateus, de onde seguiram até o presídio da PM, em Vitória.
A defesa dos acusados solicitou liberdade mediante aplicação de medidas cautelares, sob o argumento de que os policiais possuem “diversos elogios nas fichas funcionais, como destaque operacional”.
A morte do adolescente foi registrada em vídeo. As imagens que circularam nas redes sociais mostram o rapaz algemado e encostado em um muro. Três policiais participam da cena, mas os disparos partiram de apenas um deles.
O vídeo ainda registra o momento em que, após os tiros, o policial se aproxima do corpo e o arrasta para dentro de um imóvel.
Após a repercussão do caso, o governador Renato Casagrande (PSB) mencionou “uma aparente execução” e disse ter determinado “providências imediatas à apuração do episódio”.
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