Economia

Itaú demite em massa por suposta falta de produtividade no home office, diz sindicato

Representantes dos bancários informam cerca de mil demissões. O banco alegou ter identificado ‘padrões incompatíveis’ de funcionários

Itaú demite em massa por suposta falta de produtividade no home office, diz sindicato
Itaú demite em massa por suposta falta de produtividade no home office, diz sindicato
Agência do banco Itaú. Foto: Divulgação
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O Itaú Unibanco demitiu, nesta segunda-feira 8, cerca de mil funcionários que trabalhavam em regime híbrido ou integralmente remoto, segundo o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região.

As demissões teriam sido motivadas por “baixa aderência ao home office“, atingindo profissionais do Centro Tecnológico e de dois centros empresariais — um deles na Faria Lima, no coração financeiro da capital paulista.

Em nota, o sindicato repudiou a medida e afirmou que os desligamentos ocorreram sem advertência prévia aos funcionários ou diálogo. De acordo com a entidade, as demissões se baseiam em registros de inatividade nas máquinas corporativas — um critério considerado “extremamente questionável” pelos bancários.

“[O critério] não leva em conta a complexidade do trabalho bancário remoto, possíveis falhas técnicas, contextos de saúde, sobrecarga, ou mesmo a própria organização do trabalho pelas equipes”, reagiu o diretor do sindicato e bancário do Itaú Maikon Azzi.

Em nota, o Itaú Unibanco confirmou os desligamentos, sem detalhar o número de demitidos. “Em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”, alegou.

Em agosto, o banco anunciou um lucro gerencial de 11,5 bilhões de reais no segundo trimestre de 2025, resultado 14,3% superior ao observado no mesmo período de 2024.

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