Sociedade
Idibal Pivetta, dramaturgo e advogado de presos políticos na ditadura, morre aos 92 anos
Advogado deixou a companheira, a artista plástica Graciela Rodriguez e um filho, Lucas Pivetta


O advogado, diretor de teatro e dramaturgo Idibal Pivetta morreu nesta segunda-feira 23 aos 92 anos. Mais conhecido como César Vieira, ele teve importante atuação defendendo presos políticos durante a ditadura militar brasileira.
Pivetta foi um dos fundadores do grupo Teatro Popular União e Olho Vivo, pioneiro na utilização dos processos de criação coletiva.
O presidente Lula (PT) lamentou a morte do dramaturgo e ressaltou sua “coragem na defesa de presos políticos durante a ditadura”.
“Além da carreira jurídica, Pivetta também foi ator e diretor de teatro, conhecido como César Vieira. Juntando política e cultura viveu de forma intensa e apaixonada. Soube com tristeza da partida de nosso companheiro. Meus sentimentos aos familiares e amigos de Idibal Pivetta”, afirmou o presidente.
Além de Lula, Marici Salomão, coordenadora da linha de estudo de Dramaturgia da SP Escola de Teatro, também ressaltou a trajetória de Pivetta.
“Como artista, Piveta fez prevalecer a beleza do teatro de coletivo. Como advogado, um grande defensor dos perseguidos e presos políticos do regime ditatorial no Brasil. Perde-se hoje um artista da resistência”, disse.
O advogado deixou a companheira, a artista plástica Graciela Rodriguez e um filho, Lucas Pivetta.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.