Sociedade

Homens brancos ganham mais que o dobro de mulheres negras, diz estudo

Eles chegam a faturar 114% a mais do que mulheres negras

Mulher caminhando pela Rua da Consolação, SP (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)
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Um estudo realizado por pesquisadores do Insper mostra a disparidade salarial entre mulheres negras e homens brancos, que podem chegar a ganhar mais que o dobro do que elas.

As análises foram feitas com base nos suprimentos educacionais da PNAD Contínua, e apontam, também, para o fator de que cursar o ensino médio em uma instituição privada tem a maior influência em salários futuros, especialmente entre homens brancos.

Os dados mostram que 85% dos brasileiros entre 25 e 59 anos cursaram o ensino médio em uma escola pública, enquanto 15% o fizeram na privada. No entanto, no ensino superior a tendência é outra: 28% cursam universidades públicas e 72%, privadas.

A discrepância salarial segue o caminho contrário e mostra a influência do ensino médio privado. A pesquisa demonstrou que, enquanto o salário médio de quem cursou o EM público é de 2.421 reais, o valor para o privado é de 5.505 reais. Quem fez faculdade privada ganha 4.740 reais, e quem fez pública, 5.234.

“Em um país que o retorno da educação ainda se mantém bastante elevado é interessante perceber como o acesso a escolas melhores ou piores influenciam na renda futura. Como já foi citado, escolas privadas do Ensino Médio geram
muito retorno maior no futuro e isso explica por que pais ainda decidem investir nesse tipo de educação, contudo o acesso a esse tipo de ensino ainda é bastante restrito”, diz o estudo.

Homens brancos ganham 114% a mais que mulheres negras 

Em relação a gênero e raça, a pesquisa reafirma análises já feitas sobre a desigualdade salarial entre negros e brancos. Novamente, as mulheres negras aparecem na base da pirâmide.

“Observa-se que salários mais altos são de homens brancos com ensino médio privado e ensino superior público, equivalendo a 114% a mais dos salários das mulheres não brancas com EM público e ES privado”, apontam os autores

Leia a pesquisa completa.

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