Homem que atacou profissionais de saúde trabalha para ministério de Damares

Renan da Silva Sena, que é missionário evangélico, agrediu com xingamentos e empurrões enfermeiras e cuspiu na cara de uma estuante

Manifestantes agridem profissionais de saúde. Foto: reprodução

Apoie Siga-nos no

Na última sexta-feira 01, profissionais da saúde foram até a Praça dos Três Poderes, em Brasília,  para uma homenagem aos 55 colegas de profissão mortos por causa da pandemia do novo coronavírus. O ato, no entanto, foi interrompido por uma mulher e um homem que atacaram verbalmente e fisicamente os profissionais.

O homem se chama Renan da Silva Sena e é funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos. Segundo apurou uma reportagem do UOL, Sena é analista de projetos do setor socioeducativo, mas não aparece nem exerce suas atividades no ministério desde meados de março alegando que está doente.

Vestido de camisa amarela e com uma bandeira nacional, Renan agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras que participavam do ato. Ele cuspiu ainda no rosto de uma estudante de medicina que tentou defender as profissionais de saúde.


Ele foi contratado pela empresa G4F Soluções Corporativas Ltda, que tem um contrato com o ministério no valor de R$ 20 milhões de prestação serviços operacionais e apoio administrativo.


Engenheiro eletricista de formação e missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer, Renan é um militante bolsonarista. Ele alega estar doente para trabalhar, mas a enfermidade não o atrapalha na hora de militar. Ele participou de diversos atos que pedem o fechamento do Congresso e do STF  e também da manifestações feitas em frente à embaixada da China.

Em resposta ao Uol, o ministério afirmou que pediu à empresa terceirizada a demissão de Sena e que ela teria sido concretizada em 23 de abril. Porém a reportagem pediu e não recebeu a documentação que provasse o ato demissionário. Verificou-se também que o email funcional dele continuava ativo até o dia de ontem.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.