Sociedade

Há outros meios de formar a imagem do Brasil

Colunista fala sobre propaganda sexual para turistas gays, turismo sexual, o ‘fim’ de Ophir Cavalcante na OAB, PP e Casa da Moeda

Propaganda à moda: o turismo cuida de seduzir gays e lésbicas do mundo todo
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Nem isso…


A propaganda brasileira feita para atrair turistas estrangeiros tem se movido erraticamente ao longo dos anos.

No rastro de um estudo da Organização Mundial do Turismo que apontava gays e lésbicas como capazes de elevar a frequência turística no período de baixa temporada, a Riotur, empresa de turismo do Rio de Janeiro, pesou a mão na mensagem, veiculada no exterior, para esse grupo de pessoas.

A amostra publicada aqui (fotos), tirada do filme original, é moderada. Gays e lésbicas são bem-vindos ao País e devem ser respeitados por suas opções sexuais e não por injetar dinheiro nas transações comerciais.

Nem aquilo…


Houve um tempo, nos anos 1970, que as imagens do País no exterior eram calcadas no turismo sexual, a partir dos atrativos físicos das mulheres brasileiras.

O foco da propaganda, os carnavais, favorecia a exibição das formas de nossas Vênus com ornatos calipígios. Mas, certamente, há outros meios de formar a imagem do Brasil, ou do Rio de Janeiro, no imaginário do turista internacional.

Requiescat in pace


Muito antes do prazo oficial, chegou ao fim o mandato de Ophir Cavalcante na presidência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

A autoridade de Cavalcante acabou pelo fato de ele ganhar dinheiro público há 13 anos, como promotor público, no Pará, sem trabalhar. Que descanse em paz.

Cálculo do risco


O senador Francisco Dornelles tinha a unanimidade do seu partido para assumir o Ministério das Cidades.

Ele recusou e argumentou para um aliado muito próximo: “De jeito nenhum. A Dilma não é o Lula. O risco é absoluto”.

Moeda de troca


Os partidos sempre brigaram pelo poder na Casa da Moeda. Há tempos estão em confronto o PTB (Roberto Jefferson) e o PP (Francisco Dornelles). Raul de Oliveira Pereira, diretor técnico, tem como padrinho político o senador Francisco Dornelles.

Em 2010, ele foi um dos condenados pelo TCU por “contratações por dispensa de licitação”. Talvez por coincidência o relator do processo foi o ministro José Múcio Monteiro, saído dos quadros do PTB de Jefferson para o TCU.

A força do trabalho I


Estudo recente do Ipea mostra a evolução do rendimento do trabalho na renda nacional a partir do Plano Real, em 1994.

A distribuição da renda nacional do trabalho estabelece o peso relativo do conjunto dos ganhos do trabalho no total do Produto Interno Bruto (PIB).

Entre 1995 e 2002 (FHC), a participação do rendimento do trabalho decresceu. Passou de 48% para 42,4%. No período seguinte, 2002 e 2009 (Lula), a participação do rendimento do trabalho cresceu de 42,4% para 43,4% da renda nacional (gráfico).

A força do trabalho II


O resultado combina o crescimento da renda per capita do trabalho com a diminuição das desigualdades distributivistas dessa renda e é mais um flagrante de “dois Brasis”.

Sul e Sudeste tiveram quedas importantes. No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o crescimento foi contínuo. Apesar da recuperação, ela ainda está 9,6% abaixo do que era em 1995.

“Peru à brasileira”


Empresários nacionais estão diante de um pérfido paradoxo que condena à inação certas inovações tecnológicas nativas em atividades que só podem ser concedidas ou contratadas mediante licitações.

Órgãos e organizações concedentes exigem em editais a comprovação técnica, mediante prazo de atividade da tecnologia e escalas de produção muito expressivas. Trata-se, na prática, de bloqueio de inovações criadas aqui. Vetam o acesso ao mercado mesmo quando a tecnologia made in Brazil já opera em centros tecnológicos, em média escala, sem prejuízo da avaliação da eficiência do processo empregado.

Há casos surpreendentes, como, por exemplo, o que ocorre na área de produção de energia limpa, em que empresários se mostram dispostos a competir em parceria com quem desenvolveu técnica própria.

Esse processo está na contramão de ações protecionistas adotadas por nações consideradas líderes em inovação. Dificuldades assim travam a ampliação da nossa carteira de inovações, hoje restrita a pouco mais do que o “Peru à brasileira”, notória contribuição nativa à gastronomia mundial.

Nem isso…


A propaganda brasileira feita para atrair turistas estrangeiros tem se movido erraticamente ao longo dos anos.

No rastro de um estudo da Organização Mundial do Turismo que apontava gays e lésbicas como capazes de elevar a frequência turística no período de baixa temporada, a Riotur, empresa de turismo do Rio de Janeiro, pesou a mão na mensagem, veiculada no exterior, para esse grupo de pessoas.

A amostra publicada aqui (fotos), tirada do filme original, é moderada. Gays e lésbicas são bem-vindos ao País e devem ser respeitados por suas opções sexuais e não por injetar dinheiro nas transações comerciais.

Nem aquilo…


Houve um tempo, nos anos 1970, que as imagens do País no exterior eram calcadas no turismo sexual, a partir dos atrativos físicos das mulheres brasileiras.

O foco da propaganda, os carnavais, favorecia a exibição das formas de nossas Vênus com ornatos calipígios. Mas, certamente, há outros meios de formar a imagem do Brasil, ou do Rio de Janeiro, no imaginário do turista internacional.

Requiescat in pace


Muito antes do prazo oficial, chegou ao fim o mandato de Ophir Cavalcante na presidência do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil.

A autoridade de Cavalcante acabou pelo fato de ele ganhar dinheiro público há 13 anos, como promotor público, no Pará, sem trabalhar. Que descanse em paz.

Cálculo do risco


O senador Francisco Dornelles tinha a unanimidade do seu partido para assumir o Ministério das Cidades.

Ele recusou e argumentou para um aliado muito próximo: “De jeito nenhum. A Dilma não é o Lula. O risco é absoluto”.

Moeda de troca


Os partidos sempre brigaram pelo poder na Casa da Moeda. Há tempos estão em confronto o PTB (Roberto Jefferson) e o PP (Francisco Dornelles). Raul de Oliveira Pereira, diretor técnico, tem como padrinho político o senador Francisco Dornelles.

Em 2010, ele foi um dos condenados pelo TCU por “contratações por dispensa de licitação”. Talvez por coincidência o relator do processo foi o ministro José Múcio Monteiro, saído dos quadros do PTB de Jefferson para o TCU.

A força do trabalho I


Estudo recente do Ipea mostra a evolução do rendimento do trabalho na renda nacional a partir do Plano Real, em 1994.

A distribuição da renda nacional do trabalho estabelece o peso relativo do conjunto dos ganhos do trabalho no total do Produto Interno Bruto (PIB).

Entre 1995 e 2002 (FHC), a participação do rendimento do trabalho decresceu. Passou de 48% para 42,4%. No período seguinte, 2002 e 2009 (Lula), a participação do rendimento do trabalho cresceu de 42,4% para 43,4% da renda nacional (gráfico).

A força do trabalho II


O resultado combina o crescimento da renda per capita do trabalho com a diminuição das desigualdades distributivistas dessa renda e é mais um flagrante de “dois Brasis”.

Sul e Sudeste tiveram quedas importantes. No Norte, Nordeste e Centro-Oeste, o crescimento foi contínuo. Apesar da recuperação, ela ainda está 9,6% abaixo do que era em 1995.

“Peru à brasileira”


Empresários nacionais estão diante de um pérfido paradoxo que condena à inação certas inovações tecnológicas nativas em atividades que só podem ser concedidas ou contratadas mediante licitações.

Órgãos e organizações concedentes exigem em editais a comprovação técnica, mediante prazo de atividade da tecnologia e escalas de produção muito expressivas. Trata-se, na prática, de bloqueio de inovações criadas aqui. Vetam o acesso ao mercado mesmo quando a tecnologia made in Brazil já opera em centros tecnológicos, em média escala, sem prejuízo da avaliação da eficiência do processo empregado.

Há casos surpreendentes, como, por exemplo, o que ocorre na área de produção de energia limpa, em que empresários se mostram dispostos a competir em parceria com quem desenvolveu técnica própria.

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