Thiago Vinícius tem 30 anos e cresceu no Capão Redondo, um dos lugares mais violentos da cidade de São Paulo. Pobre, negro e periférico, o destino do paulistano poderia ser traçado pelo crime, como aconteceu com diversos amigos seus. Mas a vida o levou a outro lugar.
A mudança ocorreu graças ao trabalho de uma ONG da comunidade de Thiago. O Projeto Arrastão, com mais de 50 anos de atuação, salvou a vida do paulistano. “Tive acesso a infância, a comida, a afeto e a amor. Para muitas classes sociais, isso pode ser uma coisa normal. Não é na periferia”, conta.
Hoje, Thiago faz parte Agência Solano Trindade, um empreendimento que vem sendo construído por jovens que possuem ações culturais na zona sul de São Paulo e tem como proposta o fomento e o fortalecimento da economia da cultura criativa.
O paulistano classifica a agência como um “coworking” da periferia e tem como principal objetivo garantir a viabilização financeira da produção artística da região.
“As ONGs são complementares às políticas públicas do governo. Há muitos lugares onde o governo não chega, mas essas organizações chegam. E elas se encaixam perfeitamente na demanda daquela comunidade. Se você tem uma ONG ali apoiando, você pode passar em uma USP”, defende Thiago.
Assista à entrevista feita em parceria com a Abong:
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