Dois homens foram mortos a tiros em supostos confrontos com policiais militares no Guarujá, litoral de São Paulo, nesta terça-feira 15.
Segundo a PM, os suspeitos teriam disparado contra equipes do 1º e do 13º Batalhões de Ações Especiais. A versão oficial dá conta de que os agentes teriam reagido e atirado contra os homens, que chegaram a ser levados a um hospital, mas não resistiram.
A corporação ainda afirmou que os dois tinham antecedentes criminais e que teriam sido apreendidos um revólver e uma pistola.
Com os dois registros desta terça, chegam a 18 as mortes desde o início da Operação Escudo, deflagrada após a morte de um soldado da Rota no Guarujá, no fim de julho. O governo de Tarcísio de Freitas promete manter a ação por pelo menos um mês. O bolsonarista e seu secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, têm defendido a conduta policial e minimizado o número de mortes.
Enquanto isso, entidades de defesa dos direitos humanos confirmam ter recebido relatos de tortura.
Os laudos necroscópicos de 12 mortos durante a Operação Escudo estão concluídos e foram parcialmente divulgados nesta terça pela TV Globo. Um deles é o de Felipe Vieira Nunes, que levou sete tiros disparados por agentes da Rota, conforme o documento.
A tropa envolvida conta com câmeras corporais, mas neste caso específico, segundo o Ministério Público, os equipamentos estariam sem bateria.
Também nesta terça, um delegado da Polícia Federal foi baleado na cabeça durante uma operação de busca e apreensão no Guarujá. Thiago Selling da Cunha, de 40 anos, foi socorrido e encaminhado ao Hospital Santo Amaro, segundo informações divulgadas pelo Sindicato dos Policiais Federais de São Paulo. Ainda de acordo com a entidade, o estado de saúde do agente é grave.
A ação da PF não tem relação com a Operação Escudo, da Polícia Militar.
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