Política

Governo Lula anuncia novas medidas após o registro de 363 mortes de yanomamis em 2023

Segundo o Planalto, porém, houve subnotificação nos últimos anos: ‘Agora, sabemos o que temos’

Sônia Guajajara discursa em encontro anual sobre Desenvolvimento Social e Sustentável do Club de Madrid. Foto: Rafa Neddermeyer / Agência Brasil
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O governo Lula (PT) anunciou, nesta quinta-feira 22, novas ações voltadas aos mais de 30,4 mil habitantes do território indígena Yanomami. O investimento previsto é de 1,2 bilhão de reais em crédito extraordinário.

No ano passado, houve 363 mortes registradas de indígenas da etnia, um número superior ao de 2022, quando 343 morreram. Os dados são do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde e foram divulgados nesta quinta.

Segundo o governo Lula, porém, houve subnotificação nos últimos anos. “Agora, sabemos o que temos, sabemos onde temos e temos o diagnóstico do que está acontecendo no território, o que é diferente dos anos anteriores”, disse a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel. “Agora podemos dizer onde estão os vazios existenciais e quais as necessidades.”

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, afirmou que a gestão federal “sai do estado de ações emergenciais para ações permanentes, a partir da instalação da Casa de Governo em Boa Vista (RR)”. Uma comitiva irá à cidade na semana que vem.

Entre os anúncios, há a previsão de construir o primeiro hospital indígena na capital de Roraima, para serviços de atenção especializada de média e de alta complexidade.

O secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, afirmou que o plano é assinar um protocolo de intenções com a Universidade Federal de Roraima e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, a Ebserh, a fim de iniciar as obras da unidade neste ano.

Outras medidas projetadas são a construção e a reforma de mais 22 unidades básicas de saúde indígena, uma reforma completa da Casa de Apoio à Saúde Indígena de Boa Vista e a construção do centro de referência contra desnutrição na região do Surucucu.

De acordo com dados do governo, no primeiro ano de ações, houve mais de 21 mil atendimentos médicos por 960 profissionais, além da recuperação nutricional de mais de 400 crianças e da realização de 140 mil testes para detecção de malária.

Em outra ponta do plano, 13 operações da Polícia Federal resultaram em 175 prisões em flagrante e em 589 milhões de reais em bens apreendidos.

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