Política
Governo Doria anuncia o retorno de SP à fase vermelha, com menos restrições
Na lista de flexibilizações estão a reabertura de lojas de material de construção e a volta de eventos esportivos sem presença de público
O governo de São Paulo, sob o comando de João Doria (PSDB), anunciou nesta sexta-feira 9 que o estado avançará da fase emergencial para a fase vermelha do plano de enfrentamento à Covid-19. A nova etapa valerá no mínimo até 18 de abril.
Apesar da mudança, seguem proibidas atividades como celebrações religiosas presenciais. A gestão paulista também mantém a recomendação pelo trabalho remoto e pelo escalonamento de horários para setores como comércio e indústria. O toque de recolher entre as 20h e as 5h segue vigente.
“Essa medida foi tomada nesta manhã e mostra claramente que a fase emergencial começa a dar resultados”, afirmou o vice-governador Rodrigo Garcia (DEM) em entrevista coletiva. Ele destacou que houve uma “importante” queda de 17% na média diária de novas internações nos cinco primeiros dias desta semana epidemiológica.
Na lista de flexibilizações estão a reabertura de lojas de material de construção, a volta de eventos esportivos sem presença de público, como o Campeonato Paulista de futebol, e a autorização para retirada de pedidos em restaurantes, via sistema takeout.
A fase emergencial em São Paulo estava em vigor desde o dia 15 de março e será oficialmente encerrada neste domingo 11. Seguirá proibido o funcionamento de academias, salões de beleza, cinemas, teatros, shoppings, clubes e parques.
O avanço da pandemia no estado ainda é dramático. Nesta quinta-feira 8, São Paulo ultrapassou a marca de 80 mil mortes pela Covid-19, com 1.229 óbitos em 24 horas. Mesmo assim, com o fim da fase emergencial, as escolas poderão voltar a receber alunos presencialmente.
Entre 15 e 28 de março, o governo Doria antecipou os recessos de abril e outubro. A partir do dia 14 de abril, as escolas tornarão a receber alunos, embora a presença não seja obrigatória. Elas poderão funcionar com até 35% da capacidade.
Governo antecipa vacinação para professores
O governo de São Paulo antecipou para o sábado 10 a vacinação para os profissionais de educação, antes anunciada a partir do dia 12 de abril.
Nesta primeira fase, serão disponibilizadas 350 mil doses à categoria, o que deve atingir 40% dos profissionais da Educação Básica, segundo o estado.
Poderão ser vacinados os profissionais que atuam nas escolas das redes públicas (municipal, estadual e federal) e privada com idade a partir de 47 anos. Serão imunizados funcionários que atuam em diversas funções, como secretários, auxiliares de serviços gerais, faxineiras, mediadores, merendeiras, monitores, cuidadores, diretores, vice-diretores, professores de todos os ciclos da educação básica, professores coordenadores pedagógicos, além de professores temporários.
As aulas presenciais na cidade de São Paulo, na rede pública e privada, portanto, ficam autorizadas a recomeçar a partir da segunda-feira 12 de abril. O prefeito Bruno Covas tinha autorizado o retorno caso não fosse postergada a fase emergencial no Estado.
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