Endividamento dos mais pobres bate recorde na pandemia

Em abril, 22,3% da população com renda de até R$ 2.100 se dizia endividada, segundo levantamento feito pela FGV

Créditos: EBC

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O endividamento dos brasileiros mais pobres aumentou e voltou a alcançar um patamar recorde no contexto da pandemia, com impacto no mercado de trabalho e redução do auxílio emergencial. A conclusão é de um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

 

 

Em abril, 22,3% da população com renda de até 2.100 reais se dizia endividada. Esse patamar de endividamento para a classe mais baixa foi visto em 2016, quando ocorreu o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

Os patamares de endividamento chegam a 14,2% na faixa de renda de 2.100 reais a 4.800.  Na faixa de 4.800 a 9.600 foi de 6,3% e de 3,9% acima de 9.600.


Embora haja um crescimento do endividamento entre todas as faixas salariais, o aumento é mais dramáticos para os mais pobres dada a capacidade menor do grupo de construir uma poupança para imprevistos.

A situação também deriva do impacto de políticas sociais em meio à pandemia, caso da redução do auxílio emergencial.

No ano passado, as parcelas do auxílio tinham como base o valor de 600 reais, com variações do perfil do beneficiário e perfil de cada família.

Este ano, o repasse recomeçou em abril, mas em um modelo bem mais enxuto. Serão pagas aos trabalhadores 4 parcelas com valor médio do benefício de 250– que vai variar de  150 a 375 reais, conforme o perfil do beneficiário e a composição de cada família.

As famílias vão receber 250; uma família monoparental, dirigida por uma mulher, vai receber 375; e pessoas que moram sozinhas vão receber 150.

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