A população em situação de rua da cidade de São Paulo teve um aumento de 52% no período de quatro anos. É o que mostrou um censo realizado pela Prefeitura de São Paulo, divulgado nesta sexta-feira 31.
O último censo havia sido realizado em 2015 e mostrou que pessoas sem teto somavam 16 mil. Neste ano, o número chega a 24.344. É o maior número desde o início da série histórica do levantamento. Vinte anos atrás, o censo apontava nove mil pessoas vivendo ou passando parte do dia na rua.
O levantamento traz uma análise da gestão de João Doria e Bruno Covas, que completa neste ano quatro anos frente à prefeitura de São Paulo. Doria deixou o cargo em 2018 para concorrer ao governo do Estado.
O estudo também analisou o perfil das pessoas que estão em situação de rua. O estudo, feito no final de 2019, apontou que 85% desta população é formada por homens, com idade média de 41 anos.
Segundo a prefeitura, “há um conjunto de fatores que levaram essas pessoas às ruas, entre elas a crise econômica, desemprego, renda, conflitos familiares, moradia, saúde, migração, saída do sistema penitenciário e uso abusivo de álcool e drogas”.
O censo trouxe ainda que do total de 24.344 pessoas em situação de rua, 11.693 estão acolhidos em centros de atendimentos do município. Outros 12.651 não recebem qualquer tipo de acolhimento e vivem nas ruas.
A Mooca é a região que mais acolhe moradores de rua, 3.944 no total.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login