Sociedade

Em oitavo dia de motim policial, Ceará chega a 170 assassinatos

230 policiais foram afastados das funções por envolvimento no motim, com a instauração de Processos Administrativos Disciplinares

Vigilantismo no Ceará (Foto: Reprodução)
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A paralisação de policiais militares entra em seu oitavo dia nesta terça-feira 25 e os assassinatos chegam a 170. Só na segunda-feira 24, 23 mortes foram contabilizadas no estado. O governo cearense divulgou o balanço atualizado de mortes nesta manhã, com dados do período entre meia-noite de quarta-feira 19 e 23h59 de segunda.

O número segue uma desaceleração no número de mortes desde o dia 21 de fevereiro. A data foi o auge dos homicídios durante o motim, quando 37 mortes foram registradas. Antes da paralisação, a média no estado era de 6 assassinatos por dia.

Três batalhões da PM se encontram fechados no estado. Até esta terça-feira 25, 230 policiais foram afastados das funções por envolvimento no motim, com a instauração de Processos Administrativos Disciplinares (PADs) pela Controladoria Geral de Disciplina (CGD). Destes, 150 são soldados, mas a lista também inclui cabos, sargentos e subtenentes.

O ministro da Justiça, Sergio Moro, esteve no Estado na segunda-feira 24, companhado do ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e do advogado-geral da União, André Mendonça, e também do governador do estado, Camilo Santana. Moro declarou que a situação está “sob controle” e que as forças federais estão no local para acalmar os ânimos.

A paralisação da categoria começou na terça-feira 18, depois de um grupo de policiais não concordar com o aumento salarial proposto pelo governador do PT. A segurança no estado passou a contar com o reforço de 150 agentes da Força Nacional e 2,5 mil soldados do Exército, além de 212 policiais rodoviários federais, policiais civis e PMs de batalhões que não aderiram à paralisação.

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