Sociedade

Em 12 meses, gasolina sobe 42% e frango fica 33% mais caro; a inflação segue fora de controle

O IPCA acumula alta de 8,24% no ano e de 10,67% em 12 meses, segundo o IBGE

Paulo Guedes e Jair Bolsonaro. Foto: Mauro Pimentel/AFP
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística informou, nesta quarta-feira 10, que a inflação voltou a acelerar em outubro e chegou a 10,67% no acumulado em 12 meses, maior índice desde janeiro de 2016.

Os dados do IPCA lançam ainda mais luz sobre o drama dos brasileiros. No ano, o índice acumula alta de 8,24% e registrou, em outubro, elevação de preços em todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados.

Em outubro, os combustíveis subiram 3,21% – a gasolina, por exemplo, ficou 3,10% mais cara e teve o maior impacto individual sobre o índice do mês. No ano, a gasolina acumula alta de 38,29% e em 12 meses, de 42,72%.

“A alta da gasolina está relacionada aos reajustes sucessivos que têm sido aplicados no preço do combustível, nas refinarias, pela Petrobras”, disse o gerente do IPCA, Pedro Kislanov.

Também subiram no mês passado os preços do diesel (5,77%) e do etanol (3,54%). No acumulado em 12 meses, encareceram, respectivamente, 41,34% e 67,41%. O gás de botijão subiu 37,86% em 12 meses.

As passagens aéreas subiram 33,86% em outubro em relação a setembro, com alta em todas as regiões pesquisadas. Em 12 meses, elas ficaram 50,11% mais caras. Na mesma linha, o transporte por aplicativo subiu 19,85% em outubro e 36,66% em 12 meses.

A energia elétrica também não dá trégua. Ela impulsionou a alta do grupo Habitação com um avanço de 1,16% em outubro. Em 12 meses, ficou 30,27% mais cara, embora a variação tenha sido menor que em setembro.

O grupo de Alimentos subiu 1,10% em outubro (em setembro, variou 0,94%). Apenas em outubro, o tomate subiu 26% e a batata inglesa, 16%. Em 12 meses, encareceram, respectivamente, 32% e 23,64%. O café moído subiu 4,57% em outubro e 34,53% em 12 meses.

Entre as carnes, o acumulado em 12 meses aponta o avanço do filé-mignon (38,07%), do frango em pedaços (33,28%), do frango inteiro (29,26%), da picanha (28,59%), do músculo (25,94%) e da pá (25,73%).

Ainda pesam no acumulado os alimentos para animais (23,76%) – em outubro, ficaram 4,45% mais caros.

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