Política

‘Ele estava vendo outras demandas’, diz vice sobre silêncio de Nunes em dia de temporal

Mello Araújo (PL) também afirmou que ‘as pessoas precisam contribuir com a limpeza’

‘Ele estava vendo outras demandas’, diz vice sobre silêncio de Nunes em dia de temporal
‘Ele estava vendo outras demandas’, diz vice sobre silêncio de Nunes em dia de temporal
Crésitos: Carla Fiamini / Divulgação MDB
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O vice-prefeito de São Paulo, Mello Araújo (PL), afirmou que o prefeito Ricardo Nunes (SP) não se pronunciou rapidamente sobre o temporal desta sexta-feira 24 porque estava “vendo outras demandas”.

O bolsonarista concedeu a declaração às 18h36, em entrevista à CNN Brasil. Naquele momento, o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas já havia retirado o estado de atenção para alagamentos.

“Ele, inclusive, pediu para eu dar entrevista porque está no meio de uma reunião. Ele não apareceu nas redes sociais porque está vendo outras demandas“, disse Mello Araújo. O vice também afirmou que “as pessoas precisam contribuir com a limpeza” e mencionou a necessidade de descartar o lixo corretamente.

Pouco após as 21h, Nunes publicou um vídeo no Instagram no qual afirmou que o volume da chuva desta sexta correspondeu à metade do esperado para todo o mês. “Com equipes dedicadas, estamos atuando intensamente: são 345 veículos e 2.400 funcionários trabalhando para minimizar os impactos.”

Nas redes sociais, adversários do prefeito criticaram a atual gestão, reeleita em outubro de 2024.

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), que chegou ao segundo turno, afirmou que “a cidade mais rica da América Latina tem a obrigação de estar preparada para as mudanças climáticas”.

“Entre 2021 e 2023, a gestão Ricardo Nunes deixou de gastar quase 1,5 bilhão de reais em verbas de combate a enchentes na cidade de São Paulo. O resultado está aí”, emendou.

Sem mencionar Nunes, Tabata Amaral (PSB) compartilhou nas redes sociais o registro da estação de Metrô sob água e escreveu: “É esse o retrato de anos de descaso, de muito tempo sem ouvir os alertas e sem fazer as adaptações necessárias para que São Paulo sobreviva à mudança climática”.

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